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IFMS registra primeiro depósito de patente

14 fevereiro 2017 - 10h23Redação

O primeiro depósito de patente da história do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) foi registrado junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Estudantes e professores do Campus Coxim inventaram um jogo de dominó adaptado que busca ensinar reações químicas de forma lúdica.

“O depósito de patente é importante porque gera uma expectativa de direito. A proteção do conhecimento por meio de patente ou registro, no caso dos softwares, é considerada indicador de inovação para o IFMS e requisito fundamental no momento da transferência de tecnologia, ou seja, de negociar a tecnologia desenvolvida”, explicou a coordenadora de Inovação Tecnológica do IFMS, Gabriela Rocha.

O “Dispositivo Didático para o Ensino de Estequiometria” foi criado pelos professores Griscele Jesus Shiota e Hygor Oliveira, e pelos então estudantes da Licenciatura em Química, Ana Karoline Silva, Klevi Torres, Jeferson Oliveira e Talina Santos – três deles finalizaram o curso no final de 2016.

A ideia de patentear o produto surgiu quando a professora de Metodologia e Práticas de Ensino, Griscele Jesus, participou de um curso sobre noções de sistema de patentes ofertado pelo IFMS, em parceria com o INPI.

“Minha função no projeto foi conferir um caráter pedagógico ao dominó, reformulando as regras do jogo para que os participantes não só decorassem o conteúdo, mas que também compreendessem os processos”, apontou a professora, que também  fez a fundamentação teórico-pedagógica do jogo no processo de depósito de patente.

Para um dos estudantes idealizadores do dominó, Klevi, 23, a patente trará benefícios para o IFMS e para sua carreira.

“O depósito é muito interessante para nós porque conta muito para pontuação em seleções de mestrado, por exemplo. A patente também demonstra as coisas boas que estão sendo feitas no IFMS, no Campus Coxim mesmo há muitos projetos excelentes. Lá, tive bons professores que também me inspiraram muito”, comentou.

Processo – Segue em sigilo por alguns meses e, posteriormente, será publicado na Revista da Propriedade Industrial (RPI).

Caso não haja questionamentos sobre a produção de algo semelhante, o INPI terá um prazo para realizar o chamado exame formal, uma busca em todos os bancos de patente do mundo para confirmar se o dispositivo criado pelo IFMS é realmente inédito. O exame dura, em média, seis anos.

Se for comprovado o ineditismo, é expedida a carta-patente, certidão que oficializa a titularidade final da patente ao IFMS.

Caso o produto patenteado gere renda, a mesma deverá ser compartilhada entre aqueles que o desenvolveram. “Toda transferência de tecnologia em que houver geração de lucro, um terço dela é destinado para os inventores do produto”, explicou Gabriela.

Dominó – O jogo criado pela equipe do IFMS trata da estequiometria, ou seja, do cálculo que permite relacionar quantidades de reagentes e produtos que participam de uma reação química, com o auxílio das equações químicas correspondentes.

O dispositivo de ensino é composto por 28 peças semelhantes às de um dominó comum, e pode ser confeccionado com qualquer material que permita a aplicação de sua configuração – madeira, metal, plástico etc.

Na face superior da peça do dominó são impressos caracteres formados por letras, números e símbolos gráficos, que representam reagentes de uma reação química. Os produtos dessa mesma reação são impressos em outra peça, levando em consideração também os coeficientes estequiométricos. Seus elementos gráficos com inscrição em alto relevo facilitam também a compreensão pelo tato.

A ideia de criar o dominó partiu dos próprios acadêmicos, em 2015. “Nós queríamos que fosse um jogo em que os estudantes pudessem aplicar o conhecimento. Futuramente, esperamos disponibilizá-lo na internet, para que pessoas de qualquer lugar do mundo tenham a oportunidade de produzir o dominó”, planejou Klevi.

Pibid - Três conjuntos do dominó foram criados na impressora 3D instalada no Campus Coxim. Os dispositivos de ensino integram a Ação de Jogos Didáticos, desenvolvida via Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), que oferta bolsas a estudantes da licenciatura que realizam a prática profissional em escolas públicas.

Os jogos têm relação com o conteúdo de química e são usados nas escolas onde os bolsistas do Pibid atuam. Além do dominó sobre estequiometria, já foram criados um baralho de funções inorgânicas, bingo de funções orgânicas, além de um jogo de roleta e batalha naval.

“Temos várias ações desenvolvidas nas escolas públicas por meio do Pibid. Jogos didáticos são usados no cotidiano dos alunos para motivá-los a estudar, além de facilitar o processo de aprendizagem e quebrar o paradigma de que a química é uma disciplina difícil”, explicou o professor Hygor, que além de orientar os estudantes no desenvolvimento do dominó, é coordenador de área do Programa no campus.

A intenção, segundo o professor, é de que mais pessoas tenham acesso a esses jogos. “É importante a patente, e temos que dar crédito ao IFMS e ao trabalho do Pibid também. Mas, iremos disponibilizar na internet os modelos de impressão desse e de outros jogos, para quem quiser produzi-los, inclusive em impressoras 3D”, afirmou.

Em 2014, outra ação do Pibid teve destaque. Trata-se do ClickQuímica, um portal destinado à disponibilização de softwares voltados ao ensino da disciplina.

NIT – Ainda em fase de implantação, o Núcleo de Inovação Tecnológica do IFMS, assim como seu regimento interno, elaborado pela Pró-Reitoria de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação (Propi), e a Política de Inovação do Instituto integram um processo único, que recentemente recebeu parecer favorável da Procuradoria Jurídica da instituição.

O processo deverá ser apreciado pelo Colégio de Dirigentes (Codir) e pelo Conselho Superior (Cosup).

“O NIT ainda está sendo implantado, mas já está atuando no IFMS e deverá ser inserido no organograma da Propi, subordinado à Diretoria de Empreendedorismo e Inovação”, explicou o pró-reitor de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação, Marco Naka.

1º Software – Em março de 2016, o IFMS teve seu primeiro software com registro aceito pelo INPI.

A Base Tuiuiú, ferramenta tecnológica desenvolvida por estudantes e professores do IFMS, é uma base de dados do sistema de produção agropecuária compartilhada por pesquisadores de todo o país.

O software foi criado para atender ao Projeto Repensa (Redes Nacionais de Pesquisa em Agrobiodiversidade e Sustentabilidade Agropecuária), da Embrapa Pantanal (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

 

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