A economia de verba do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais), que até 30 de julho deste ano, gastou apenas 19% da verba anual destinada à contenção e prevenção de incêndios florestais, implica diretamente na situação de emergência ambiental que Mato Grosso do Sul (MS) enfrenta com as queimadas no Pantanal. Desde o final de julho, a região arde em chamas e a população vêm pagando o preço de um ar poluído e prejudicial à saúde.
Levantamento divulgado pelo jornal o Globo, nesta sexta-feira (14), releva que enquanto as queimadas consomem milhões de hectares no Pantanal e na Amazônia, o Ibama gastou, nos sete primeiros meses deste ano, apenas R$ 6,8 milhões dos R$ 35,5 milhões destinados para iniciativas que poderiam conter o avanço do fogo nos ecossistemas.
O comparativo dos gastos em medidas preventivas nos anos anteriores mostra um abismo de diferença. Durante todo o ano de 2016, o Ibama gastou 90,1% dos R$ 43.890.752 previstos para o combate às queimadas em áreas federais. Em seguida, foram 49,6% dos R$ 42.445.604 fixados pela LOA em 2017; 54,4% de R$ 52.301.296 em 2018; e 85,5% dos R$ 44.547.828 previstos no ano passado.
Ambientalistas consultados pelo Campo Grande News alertam que a maioria dos investimentos contra queimadas em florestas devem ser realizados antes da estação seca nos biomas, ou seja, entre abril e junho. Nos meses seguintes, os incêndios proliferam e já não há mais tempo para tomar medidas preventivas.
A contratação de brigadistas é apenas uma das ações preventivas que o Ibama pode tomar. Foto: Divulgação BombeirosEntre os programas recomendados para preparar os ecossistemas contra incêndios estão a contratação e o treinamento de brigadistas, a realização de convênios com órgãos ambientais e a instituição de medidas de educação ambiental, especialmente junto a agricultores que vivem nas bordas da floresta.
Em resposta ao jornal O Globo, o Ibama afirma que os recursos para queimadas são executados principalmente a partir de julho, quando elas ocorrem, “e, portanto, através das ações de combate, via brigadistas, aeronaves e viaturas. Todo o orçamento será executado conforme previsto”.
Ribeiros deixam suas casas para figir do fogo
Um outro levantamento, realizado pelo Instituto Homem Pantaneiro (IHP), mostra que pelo menos 200 ribeirinhos do Porto da Manga, em Corumbá, se sentiram obrigados a abandonar suas casas e migrarem para a zona urbana da cidade, em casas de parentes, por medo do fogo. A pesquisa feita em oito comunidades ribeirinhas foi divulgada pelo jornal O Globo nesta sexta-feira (14).
Segundo o presidente do IHP, Ângelo Rabelo, nestas comunidades vivem cerca de 1.110 pessoas, distribuídas em cerca de 240 famílias que recorreram aos parentes que vivem na zona urbana. “Vimos relatos de pessoas que sofriam dor de cabeça e problemas respiratórios agravados pelos incêndios”, conta o Ângelo Rabelo.
Números das queimadas
Nas últimas 48 horas, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) detectou 193 focos no Pantanal sul-mato-grossense. A queimada já destruiu um milhão e cem mil hectares, causando a destruição da vegetação e a morte de centenas de animais.
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Matéria produzida com informações do Jornal o Globo e site Campo Grande News
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Todo o bioma pantaneiro sofre com ação das queimadas. (Divulgação)

