Devido o baixíssimo nível de água registrado no rio Paraguai, na região de Corumbá e Ladário, a Capitania Fluvial do Pantanal divulgou nota recomendando atenção e cuidados especiais para navegação.
Segundo dados do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), que monitora o nível do rio há 26 anos, o rio Paraguai está no menor nível da história. A falta de chuva contribui para este cenário. Sem a cheia, os campos pantaneiros não alagaram e a vegetação aquática secou e virou combustível para as chamas. Na última medição feita na quinta-feira (17), o rio Paraguai apresentou 0,27 centímetros de profundidade, quando no mesmo período do ano passado, eram 3 metros.
Em nota, a Marinha do Brasil recomendou que seja feito uso da carta náutica em vigor e demais auxílios à navegação disponíveis, como ecobatímetro e radar. É preciso atentar aos sinais nautícos e manter uma velocidade segura.
A Capitania indicou ainda que antes de iniciar qualquer navegação, seja consultado o Boletim Diário de Avisos-Rádio Náuticos, disponíveis no site do Centro de Hidrovia e Navegação do Oeste. No documento é possível conferir o nível do rio, além de eventuais mudanças nos sinais náuticos e outros avisos importantes ao navegante.
As recomendações da Capitania foram motivadas pelo acidente ocorrido na tarde desta quinta-feira (17), quando um grande embarcação de luxo, ficou encalhada na prainha do Porto Geral, em Corumbá, devido o baixo nível da água. O barco hotel levaria o cantor sertanejo Eduardo Costa até o Pantanal para gravação de seu DVD, mas a viagem teve que ser interrompida. O cantor foi para um hotel e o barco só foi desencalhado no dia seguinte, com a ajuda de um rebocador paraguaio.