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Acuado vereador não sai às ruas com medo da polícia

11 novembro 2016 - 14h55Sylma Lima
Irailton não sai nas ruas commedo de ser preso . Foto: Sylma Lima

Um mês após o pleito e o polêmico processo investigado pela Polícia Federal que cita o  prefeito eleito e o segundo vereador mais votado de Corumbá como suspeitos em transportes de passageiros e compra de votos, Irailton Oliveira, 42 anos, o “ Baianinho” do PSDB, quebrou o silencio é disse que está com medo da Policia Federal, " eles estão fazendo de tudo para que pessoas ligadas a mim assinem depoimento afirmando que  eu comprei voto" .

Não bastasse o processo que já está nas mãos do juiz eleitoral desta comarca Emerson Ricardo Fernandes ainda tem que conviver com constantes “ boatos” de prisão e mandados de busca e apreensão em sua residência e,  na garagem. Ao Capital do Pantanal Irailton disse que os últimos dias tem vivido um verdadeiro inferno com acusações de bolivianos que supostamente seriam plantadas contra ele. O advogado de defesa de Baianinho apresentou as contra provas ao juiz nesta quinta-feira,11 de Novembro, mas o que vem deixando o vereador preocupado são as “ investidas” da Polícia Federal sobre seus ex cabos eleitorais, “ pessoas que receberam com cheque de campanha, conforme manda a lei” . Somente nesta quinta-feira duas mulheres foram convidadas a comparecer na delegacia para dar explicações sobre as eleições e se teria vendido o voto para o vereador, “ pessoas que prefiro manter em sigilo, mas que compareceram na delegacia sem medo algum, porque tudo que fizemos foi respeitando as legislações eleitorais, agora o que não podem é forçar a pessoa a falar que eu comprei o voto, porque vão ter que provar” .

Para Irailton a situação está tomando proporções avassaladoras, “tranco meu carro até na minha garagem. Tenho medo de usar celular. Vivo sob pressão e eu pergunto porque só comigo quando todos sabem quem são de fato os políticos que trabalham comprando o voto? E tem mais, disse o vereador, “ a justiça tem o papel de nos proteger e não de ameaçar com atitudes que contrariam o regime democrático implantado no pais. Cadê nossa liberdade de expressão, nosso direito de ir e vir. Já estou sendo processado, deixem a justiça fazer o seu papel e parem de intimidar meus amigos e familiares” , desabafou Irailton contando que entre as acusações ele é citado como responsável pelo aluguel de taxis para o transporte de bolivianos até o Brasil no dia do pleito, “ é contraditório porque todos sabemos que taxis brasileiros não entram no pais vizinho e tenho gravado todas as minhas reuniões e não há nada que contraria o Código Eleitoral” , disse o vereador que obteve 1524 votos nas eleições.

Processo

O MPE ja encaminhou o processo para o Fórum pedindo a cassação dos envolvidos, mas a PF continua investigando e colhendo provas.

Prefeito e vereador da mesma coligação de Corumbá podem perder o cargo recém conquistado nas eleições municipais de 2016 por crime eleitoral. De acordo com informações da assessoria de imprensa da Polícia Federal, existe “investigação em curso envolvendo dois candidatos eleitos, em relação a transporte ilegal de eleitores e outros benefícios, em troca de votos. Em 2 de outubro, dia da eleição, foram realizados prisões e cumprido de mandado de busca e apreensão em desfavor a um candidato. No mesmo dia, duas pessoas foram presas em flagrante e 13 foram ouvidas pela PF, os carros utilizados no transporte estão apreendidos no pátio da Federal".

Se comprovados os crimes, os  eleitos podem ficar inelegíveis por transporte ilegal, onde dois motoristas e dois eleitores que cruzaram a fronteira confirmaram o crime de transporte ilegal de passageiros. De acordo com a lei 6.091/74, o transporte mal intencionado de eleitores para pleito é configurado crime nos artigos 10° e 8°: “É vedado aos candidatos ou órgãos partidários, ou a qualquer pessoa, o fornecimento de transporte ou refeições aos eleitores da zona urbana.” Sob a pena de reclusão de quatro a seis anos e pagamento de 200 a 300 dias-multa (art. 302 do Código Eleitoral). “Nenhum veículo ou embarcação poderá fazer transporte de eleitores desde o dia anterior até o posterior à eleição, salvo: a serviço da Justiça Eleitoral; coletivos de linhas regulares e não fretados; de uso individual do proprietário, para o exercício do próprio voto e dos membros da sua família; o serviço normal, sem finalidade eleitoral, de veículos de aluguel não atingidos pela requisição de que trata o art. 2º”.

Os dois candidatos em investigação, estão processados na esfera civil, criminal e eleitoral. Caso a polícia consiga realmente provar as denúncias, e tornar inelegível os candidatos, restará dois possíveis caminhos: a cidade pode passar por uma nova eleição para prefeito ou em uma chance mais remota, o segundo colocado nas urnas assume a liderança e o executivo. Já na esfera legislativa ocorre uma substituição, sai o candidato cassado e entra o suplente no lugar.

Punição

Essa semana uma juíza em Fátima do Sul (MS) cassou a prefeita eleita por compra de votos. Entre as provas havia gravação da candidata negociando o valor. Ela vai recorrer da decisão, mas ao que tudo indica haverá novas eleições.

 

 

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