Lucimara Rosa Neves, 43, e Jéssica Neves Antunes, 24, e de Pedro Benhur Ciardulo, 20, já são réus pelo latrocínio (roubo seguido de morte) da pecuarista Adreia Aquino Flores, morta aos 38 anos em assalto simulado. Conforme a acusação, empregada da família Flores há quase duas décadas, Lucimara foi quem arquitetou o plano e pretendia lucrar pelo menos R$ 100 mil.
A denúncia, assinada pela promotora de Justiça, Candy Marques Moreira, chegou ao Judiciário no dia 15 de agosto e foi recebida dois dias depois, por decisão do juiz Waldir Peixoto Barbosa, da 5ª Vara Criminal. Agora, testemunhas de acusação e defesa, além dos réus devem ser ouvidos em juízo, para só então magistrados chegar a um veredicto. O processo tramita em sigilo.
Andreia foi morta por asfixia mecânica, causada por esganadura e obstrução das vias aéreas superiores. De acordo com a apuração pela Polícia Civil e a acusação, Pedro Benhur, que “fingia” ser o assaltante que havia rendido as funcionárias de Andreia, foi quem usou um pano de prato para tapar a boca da vítima quando ela reagiu a abordagem que terminou em morte.
Mas, segundo a investigação, Lucimara foi a mentora do assalto simulado. A ideia era conseguir que a vítima fizesse Pix de R$ 50 mil. Pela “ajuda” dos comparsas, a própria filha Jéssica e o cunhado, “Mah”, como era conhecida a funcionária que trabalhava como uma espécie de governanta na casa da pecuarista, pagaria R$ 20 mil – R$ 10 mil para cada. Os outros R$ 30 mil ficariam com Lucimara, que usaria o dinheiro para quitar dívidas com agiotas.
A mentora do crime também contou à polícia que a intenção de simular o assalto era fragilizar Andreia. Ela precisava conseguir que a patroa assinasse documento relacionado a uma negociação de gado e em troca, receberia outros R$ 50 mil da irmã da vítima, para quem também já trabalhou. A ideia foi então lucrar com o assalto simulado e depois, fazer Andreia acreditar que a irmã havia enviado o criminoso como uma ameaça de morte. A polícia descartou a possibilidade da ex-patroa de Lucimar ter encomendado o crime.
Cronologia
Andreia foi assassinada no condomínio onde morava, no Bairro Chácara Cachoeira, em Campo Grande. Lucimara contou que chegou à casa da patroa por volta das 6h40. Narrou à polícia que encontrou Andreia ainda acordada, fazendo uso de bebidas alcoólicas. Jéssica afirma que chegou às 7h e as duas trabalharam normalmente.
“Mah” disse que limpou a casa, recolheu garrafas de bebida, lavou a calçada, passou roupas e depois disso, chamou sua filha Jéssica para ir às compras, em atacadista na Rua Marquês de Lavradio. A nota fiscal do supermercado mostra que as duas terminaram de passar os produtos no caixa, às 10h16.
Conforme o plano, foi no estacionamento que Pedro se juntou às duas. Do mercado, o trio passou em loja de utilidades, na Avenida Ministro José Arinos, para comprar a arma de brinquedo que seria usada na encenação. Depois, passaram em um posto de combustíveis para comprar cigarros e seguiram para o condomínio.
Já na residência da pecuarista, segundo as duas depoentes, primeiro, entraram Pedro e Jéssica, fingindo estar refém. Ainda de acordo com os depoimentos, a vítima resistiu à investida do assaltante para amordaçá-la. Ela se debatia e ele apertava um pano contra o rosto dela, até que Andreia desfaleceu.
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