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Síndrome de Down: Assembleia Legislativa de MS aposta na inclusão social há cinco anos

21 março 2017 - 08h20Agência ALMS

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul completa cinco anos da celebração do protocolo de intenção de cooperação mútua firmado com a Sociedade Educacional Juliano Fernandes Varela para a contratação de jovens com Síndrome de Down. “É do respeito pela diferença que começamos a construir a igualdade. E a Assembleia Legislativa faz disso uma prática com essa parceria”, destaca o presidente deputado Junior Mochi (PMDB).

Para o primeiro secretário da Casa de Leis, Zé Teixeira (DEM), é importante destacar a inclusão social. “Fico feliz em ver que a Assembleia Legislativa foi a primeira instituição do Estado a cumprir o direito social adquirido por estes jovens, inserindo-os no mercado de trabalho, respeitando-os enquanto cidadãos e crescendo como profissionais. Isso nos orgulha muito”.

Ao longo do convênio, mais de dez portadores de Síndrome de Down já trabalharam no Legislativo e, atualmente, cinco jovens estão inseridos no quadro de servidores. Para Marcela Samaniego de Aquino, de 32 anos, o mais importante é o convívio com as pessoas. “Eu aprendo muito trabalhando aqui. Já trabalhei em outro lugar, mas aqui é mais legal”, contou Marcela que atua na Diretoria de Recursos Humanos, junto a Kelly Cristina Acunha Bataga, de 25 anos, também Down. “Eu adoro trabalhar aqui, conviver com meus amigos. Eu também participo do Coral de Servidores e conheço muita gente nova”, disse.

A inserção no mercado de trabalho com a oportunidade na Assembleia Legislativa mudou a vida de Cirilo Lino de Oliveira, de 21 anos. Há três anos ele atua no setor de Protocolo. “Eu adoro trabalhar aqui. Entrego jornal, recebo e levo ofícios, atendo as pessoas. Eu gosto porque me ajuda a ser independente”, afirmou Cirilo.  Pelo mesmo período, Luara Rodrigues de Arruda, de 21 anos, está lotada na Diretoria de Cerimonial. “Eu atendo telefones, acompanho as sessões, trabalho nos eventos da Casa. Foi realizar um sonho trabalhar aqui”, relata Luara.

Vinculado à presidência da Casa de Leis, Bruno Manso, de 40 anos, conta que é responsável por entregar os ofícios a todos os gabinetes. “Eu sou bem recebido em todos os setores. Aprendo a lidar melhor com as pessoas”, relatou. Marcela, Kelly, Cirilo, Luana e Bruno trabalham no período matutino e estudam no contraturno.

A diretora de Recursos Humanos da Assembleia Legislativa, Marlene Figueira da Silva, explica que a eles são dadas funções de acordo com o grau de escolaridade e capacidade cognitiva. “Com carinho e paciência, nós os inserimos nas atividades do dia-a-dia e todos participam muito felizes. Eles são muito educados e respeitosos e a convivência é um aprendizado tanto para eles quanto para nós. É um presente ter eles aqui”, destacou a diretora Marlene.

Experiências apontam que trabalhar de forma inclusiva com portadores da síndrome de down, humanizam e mudam de forma positiva a rotina dos setores. Foto: Victor Chileno/ALMS

Down

A síndrome de Down é causada pela presença de três cromossomos 21 em todas ou na maior parte das células de um indivíduo. As pessoas com síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21, têm 47 cromossomos em suas células em vez de 46, como a maior parte da população. Isso ocorre na hora da concepção do feto e não há nada que poderia ser feito para evitá-la. A síndrome acontece em cerca de um a cada 700 nascimentos, independentemente de raça, país, religião ou condição econômica da família. Saiba mais sobre no site http://www.movimentodown.org.br.

Em Mato Grosso do Sul, as famílias podem se beneficiar de duas leis. A Lei 4.237/2012, de autoria de Maurício Picarelli (PSDB), promove o apoio psicológico e de orientação para as mães de filhos portadores de Síndrome de Down. Confira ela na íntegra clicando aqui. “Havia a necessidade de uma lei estadual que envolvesse todas as ações necessárias para, não somente informar e orientar os familiares dos que nascem com esse problema congênito, mas também para preparar os profissionais das áreas de saúde, educação e assistência social a interagirem com a criança e seus familiares, na busca de melhorias na qualidade de vida deles", justificou Picarelli quando propôs a lei.

Já a Lei 4.062/2011, de autoria de Zé Teixeira, garante a realização de ecocardiograma nos recém-nascidos portadores de Síndrome de Down em Mato Grosso do Sul. Confira na íntegra aqui. “Este projeto que apresentamos atendeu aos anseios da sociedade e contou com o apoio e a sensibilidade da ALMS. As crianças portadoras da síndrome correm o risco de nascer com algum problema congênito cardíaco. Então propus a gratuidade do ecocardiograma para que se houver qualquer alteração detectada no coração do bebê, nos primeiros 30 dias de vida, proporciona a ele mais chances de cura. Nosso papel, enquanto parlamentar, é lutar por estes direitos”, resumiu Zé Teixeira.

Caminhada

A escola Juliano Varela promove nesta terça-feira, dia 21 de março, em que é comemorado o Dia Internacional da Síndrome de Down, uma caminhada pela Praça Ari Coelho e Avenida Afonso Pena, às 7h30, para a conscientização da inclusão social com o tema "Seja Legawn Adote um Down”, com a participação das empresas que mantêm o convênio.  Além da Assembleia, também são empregadores de alunos com Down em Mato Grosso do Sul as empresas Sanesul (4), Associação Adventista (3), Frigorífico JBS (2), Restaurante Mais Sabor (1), Pax Real (1), Comper (1), Riachuelo (1 – Shopping Norte Sul e 1 – Shopping Bosque dos Ipês). Atualmente a Escola Juliano Varela atende 214 alunos. 

 

 

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