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Estudante do IFMS de Ponta Porã apresenta pesquisa nos EUA

10 junho 2016 - 10h01Redação
Uma ferramenta de baixo custo que permite a produtores rurais monitorar fatores climáticos importantes para o cultivo. Essa é proposta do projeto de pesquisa Agroduíno: sensoriamento agrícola, desenvolvido no Campus Ponta Porã do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), que será apresentado na semana que vem nos Estados Unidos. De 12 a 17 de junho, o estudante Vinícius Belló, e o professor orientador Eder Vilalba estarão em Nova Iorque, para participarem da Genius Olympiad 2016, competição internacional organizada pela State University of New York. A plataforma desenvolvida é um minicomputador no qual são interligados diversos sensores indicadores do tempo, como temperatura, umidade e qualidade do ar e do solo. Para a competição internacional, o protótipo foi aperfeiçoado com a implementação de um software, que automaticamente interpreta os dados registrados pelos sensores. O programa já foi desenvolvido na versão para computador e também em aplicativo para Android. “O monitoramento pode gerar uma otimização do uso na água na lavoura, já que os sensores indicam a quantidade que deve ser usada e também quando a terra deve ser irrigada” apontou o orientador do projeto, o professor Eder Vilalba. Além do uso na agricultura, a ferramenta também pode ser utilizada por pesquisadores da área, para que obtenham dados agrometeorológicos a respeito do seu tema de estudo, como um tipo específico de planta ou de fruto. Segundo o professor, o próximo passo é iniciar o processo de depósito de patente. Futuramente, a intenção é disponibilizar todo o processo em um website, com a lista de peças necessárias, o passo a passo da montagem e o programa que interpreta os dados colhidos. “A pessoa interessada poderá comprar as peças e aprender a montar sozinha a plataforma. Um produtor rural de médio porte gastaria em torno de 7 a 8 mil reais para ter um equipamento como esse. Com o nosso produto, o custo é de 300 a 500 reais”, explicou Vilalba. Trajetória – O projeto é desenvolvido desde 2013. Anteriormente, outros dois estudantes já foram orientados pelo professor Eder na pesquisa. O credenciamento para o evento nos Estados Unidos teve início no ano passado, com a participação na Feira de Ciências e Engenharias (Fecen) da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). Nela, o projeto conquistou a participação na edição 2016 da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), realizada pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), quando veio o prêmio para integrar a delegação brasileira na Genius Olympiad. Experiências – Atualmente cursando o último semestre do curso técnico integrado em Informática no Campus Ponta Porã, o estudante Vinícius, 18, acredita que o mais importante do evento não é competição em si, mas as experiências que irá vivenciar nos Estados Unidos. “As pessoas que irão me avaliar dominam a área. É uma oportunidade de trocar experiências e conhecer vários projetos interessantes e também pesquisadores, além de fazer um intercâmbio cultural”, afirmou o estudante. Vinícius também foi convidado para uma entrevista na State University of New York. O resultado pode ser um convite para estudar na universidade ou até ganhar uma bolsa de estudos. A preparação para o momento inclui aulas de inglês e muita ansiedade. A resposta se irá conseguir a vaga será dada no momento da premiação da Genius Olimpyad. “Não posso descrever essa oportunidade que estou tendo. Só pelo fato de eu ter um projeto e apresentar no evento, a universidade já dá valor a isso. A entrevista vai ser uma conversa, eles querem saber quais são meus interesses, qual curso gostaria de fazer lá. Estou bem ansioso”, afirmou o estudante. Com a experiência, o que o aluno deseja também é motivar outros estudantes do campus a desenvolverem projetos de pesquisa. “Nunca pensei que sairia de Ponta Porã e representaria o Brasil num evento internacional. Gostaria que mais pessoas também tivessem essa oportunidade. Espero voltar cheio de ideias e mostrar que, apesar das dificuldades, se você trabalhar certo, também conseguirá chegar aonde cheguei. Espero que outros estudantes se animem a desenvolver pesquisas no campus”, finalizou Vinicius. Apoio – A viagem é parcialmente custeada pelo IFMS por meio do edital de seleção da Pró-Reitoria de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação (Propi). No total, o valor de apoio soma R$ 13 mil reais. O recurso advém do Auxílio de Acesso à Inovação, Ciência e Tecnologia e do Programa Institucional de Incentivo ao Ensino, Extensão, Pesquisa e Inovação (Piepi). Evento – Reunirá cerca de 850 participantes de 65 países. São 495 projetos foram selecionados, nas categorias Ciências, Artes, Escrita Criativa, Design, Música e Négocios. A edição 2016 da Genius Olimpyad será realizada de 12 a 17 de junho na cidade de Oswego, em Nova Iorque. Mais informações estão disponíveis na página oficial do evento (em inglês). O endereço é http://www.geniusolympiad.org/. Internacional – Outro projeto do IFMS recentemente foi premiado nos Estados Unidos. “Prendendo fantasmas em robôs: um novo método de controle e design para próteses mioelétricas transradiais e rearranjo neuronal do Mapa de Penfield para feedback tátil”, desenvolvida pelo estudante do curso técnico em Informática do Campus Aquidauana, Luiz Fernando Borges, 17, foi apresentada na edição 2016 da maior feira científica de ensino médio do mundo, a Intel ISEF (Feira Internacional de Ciências e Engenharia), em Phoenix, Arizona, no mês passado. Além de obter um dos prêmios de primeiro lugar na área de Engenharia Biomédica, o projeto foi considerado o melhor na categoria. O estudante ganhou ainda uma viagem a Londres para participar de um fórum com jovens cientistas de diversos países, e um asteroide será batizado com o nome de Luiz Fernando. Orientado e coorientado pelos professores Leandro Jesus e Diogo Milagres, respectivamente, o jovem desenvolveu um protótipo que utiliza softwares para simular em ambiente virtual um membro perdido do corpo humano. Ele também criou um aparelho, com elementos vibratórios de celular, que conectado ao corpo faz o amputado voltar a sentir o membro.    

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