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Candidata a vice do MDB na capital é acusada de fraudar licitação

01 outubro 2020 - 11h18Eduardo Miranda, Correio do Estado

Com a confirmação da ex-vereadora e ex-presidente da Fundação de Cultura de Campo Grande (Fundac) Juliana Zorzo na chapa do candidato a prefeito de Campo Grande Márcio Fernandes (MDB), o Ministério Público de Mato Grosso do Sul espera, enfim, conseguir encontrá-la para responder à denúncia ajuizada em novembro do ano passado.  

A candidata a vice-prefeita é acusada de fraude em licitação no período em que presidia a Fundac, em 2014, na gestão Gilmar Olarte. Se condenada no fim do processo, pode ser submetida a uma pena de até 4 anos de prisão.

Na segunda-feira (28), na esperança de encontrar Juliana Zorzo após várias tentativas frustradas dos oficiais de Justiça, o promotor de Justiça do Patrimônio Público em Campo Grande, Humberto Lapa Ferri, pediu ao juiz da 4ª Vara Criminal para encaminhar ofício ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MS), solicitando o endereço da candidata a vice-prefeita.  

Além dos mandados de citação convencionais, a Justiça chegou a expedir dois mandados de citação por edital, mas, ainda assim, a candidata a vice-prefeita na chapa do MDB não respondeu.  

No mesmo dia em que o promotor de Justiça pedia para o juiz criminal solicitar ajuda ao TRE para citá-la no processo, Juliana Zorzo criticava em suas redes sociais a suposta demora da prefeitura para implantar programa de castração de cães e gatos. Alguns dias antes, participou de uma reunião de campanha no Bairro Colibri.  


Acima, documento em que promotor pede ajuda ao TRE-MS para encontrar Juliana Zorzo. 

Cartas marcadas

Em 2014, quando tinha mandato de vereadora e foi nomeada pelo então prefeito Gilmar Olarte para assumir a Fundação de Cultura de Campo Grande, Juliana Zorzo, de acordo com o Ministério Público Estadual, fraudou a licitação para contratar uma empresa de serviços gráficos.

Conforme denúncia ajuizada pelo promotor Humberto Lapa Ferri em novembro de 2019, Juliana trouxe da Câmara Municipal de Campo Grande a mesma empresa gráfica que atendia seu gabinete: a Fino Traço Comunicação Visual. Para isso, ela, servidores da Fundac e mais duas empresas participaram do esquema, para simular a concorrência e “esquentar” serviços que ela já havia solicitado da empresa – sem procedimento licitatório algum.

“Ao assumir o cargo de diretora-presidente da Fundac, Juliana Zorzo, de forma dolosa, contratou verbalmente a empresa Fino Traço para prestar serviços à Fundac, sem qualquer procedimento licitatório ou formalização dos serviços prestados”, afirmou o promotor Huberto Lapa Ferri na denúncia.  

“Visando dar ‘ares de legalidade’ aos indevidos serviços prestados pela empresa Fino Traço, a denunciada Juliana Zorzo, juntamente com os demais denunciados (servidores e proprietários das empresas requeridas), forjou uma licitação, na modalidade convite, que tinha por objeto a contratação de uma empresa para prestação de serviços gráficos à Fundac, contando com a conivência das empresas Fino Traço, RR Nogueira e Grafsecreen”, complementou o promotor.

Conforme a denúncia, a Prefeitura de Campo Grande ordenou o pagamento de R$ 128,5 mil (R$ 49.250,00 e R$ 79.250,00) à Fino Traço.  

Além de Juliana, o promotor de Justiça denunciou Clarindo Cleber Gimenes, ex-diretor da Fundac, e os outros ex-diretores da mesma fundação: Raquel Marin Lugo Magdalena e Dyego Cavalari Ferreira Brandão. Também foram denunciados o ex-assistente administrativo da Fundac Gustavo Henrique Alves Lima, Fábio de Almeida Serra Souto, Ruth Barros dos Santos e Mario Justiniano de Souza Filho, servidores que na época estavam na Comissão Permanente de Licitação, além de Laís Ferreira Paulino Borges, Luiz Antônio Mossini, Douglas Kostsantinos Gutterres Liokalos, todos ligados à Fino Traço; Renato Aparecido da Silva, da empresa RR Nogueira; e Joel Lopes dos Reis Junior, da Grafscreen.

 

 

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