De acordo com o painel on-line que faz o movimento grevista no Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), disponível na página Saiba mais sobre a greve, o campus Corumbá já contabiliza 27 dias de aulas para repor e nove dias disponíveis para a reposição, resultando num saldo negativo de 18 dias disponíveis para reposição no 1º semestre.
Ao todo, 79,66% dos professores e 91,18% dos administrativos da unidade de Corumbá aderiram a greve. Os percentuais representam 47 professores grevistas, entre os 59 da unidade, e 31 servidores administrativos, entre os 34 do campus. Os números foram atualizados nesta quinta-feira (09) e até o momento, o panorama é que o ano letivo será concluído dentro de 2024.
O último registro das deliberações grevistas para o campus de Corumbá, atualizado em 06 de maio, confirma que "estão suspensas as atividades de aulas e administrativas, exceto as relacionadas à assistência estudantil. Além disso, é facultado a continuidade do desenvolvimento das demais atividades aprovadas nos editais de ensino, pesquisa e extensão (Comunicado 003/2024)".
A reitora do IFMS, Elaine Cassiano, destaca que a instituição reconhece "o direito de greve como uma expressão legítima. No entanto, é fundamental assegurar que nossos estudantes não sejam ainda mais prejudicados. Estamos em busca de uma solução equilibrada que contemple tanto aulas quanto momentos de diálogos sobre as reivindicações. Respeitamos os direitos dos servidores, mas não iremos comprometer a educação dos nossos estudantes”, pontua.
Sobre a reposição
A reitoria afirma que a reposição será feita por meio de acordo a ser firmado entre o IFMS e o Sinasefe/MS, ao final do movimento grevista.
A pró-reitora de Ensino, Cláudia Fernandes, destaca que o cronograma de reposição deve ser construído coletivamente, por meio do diálogo e colaboração com os diversos atores envolvidos no processo educacional.
"É essencial envolver todas as partes interessadas, garantindo transparência, legitimidade e aceitação geral das decisões tomadas. Além disso, é importante considerar a legislação e as normativas internas da instituição. Qualquer decisão relacionada ao calendário de reposição deve priorizar o aprendizado dos estudantes e o cumprimento rigoroso dos compromissos educacionais estabelecidos na legislação vigente", ressalta.
Para a reposição dos dias letivos, segundo Cláudia, algumas questões definidas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional deverão ser obrigatoriamente observadas, dentre as quais:
- a reposição de cursos presenciais deverá ser presencial, com a presença física do estudante e do docente;
- devem ser respeitados os 100 dias letivos por semestre;
- deve ser reposta toda a carga horária;
- deve ser reposto todo o conteúdo, e
- a reposição considerará os turnos ofertados (matutino, vespertino e noturno)
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