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Bolívia luta pela democracia de forma radical no sexto dia de bloqueios

28 outubro 2019 - 09h24Flávia Ibanez

Manchete do jornal de maior circulação na Bolívia o El Deber trás estampado em sua capa a onda de protesto que tomou conta de todos os departamento, na Bolívia e, favor de um segundo turno entre Evo Morales e Carlos Mesa.  Posturas radicais foram tomadas pelos manifestantes uma vez que as forças armadas já se posicionaram a favor do povo. Em La Paz, Oruro e  Santa Cruz de La Sierra,a situação é bem pior que na Fronteira do Brasil com Bolivia, por Corumbá. Nesta região a os comerciantes continuam cumprindo a ordem dos comitês cívicos de manterem as portas abertas somente das 7h da manhã ao meio dia. O bloqueio esta na altura da ponte da amizade, por onde passam apenas pedestres. As filas de carros começaram nas primeiras horas, mas muitos desistiram de esperar sabendo que não o povo não cederá às pressões, muito pelo contrário, as ultimas atitudes e bloqueios de caminhões na estrada carreteira (corredor bi oceânico) impedem as principais cidade de se abastecerem de alimentos e outros produtos não perecíveis.

Em Santa Cruz, onde vivem milhares de acadêmicos de medicina brasileiros a situação é tensa, pois muitos  não conseguiam sequer comprar carne e estão ‘aquatelados’ em casa com medo de sair às ruas.  Alguns tentaram regressar ao Brasil, contudo, so podem fazer por terra, apesar dos aeroportos estarem funcionando normalmente.

Os protestos estão se tornando violento a cada dia que passa. Bolivianos querem uma nova eleição no país sob alegação de fraudes. Os olhos do mundo se voltam para a Bolívia e o Brasil já se posicionou favorável a outra eleição.

A onda de protesto só aumenta nas cidades bolivianas. ( Foto: Correio da manhã de Porto Alegre)

Entenda a siuação

A oposição boliviana tenta aumentar a pressão nesta segunda-feira,28, contra o presidente Evo Morales, que denunciou no domingo um plano de golpe de Estado, enquanto camponeses leais ao governo pretendem bloquear rodovias para defender sua questionada reeleição. O ex-presidente centrista Carlos Mesa, principal rival de Morales nas eleições de 20 de outubro, pediu no domingo que a população não reconheça os resultados da votação, depois de denunciar fraudes.

Em um discurso pronunciado em La Paz, o opositor de 66 anos, que governou a Bolívia entre 2003 e 2005, pediu a seus seguidores que saiam às ruas da capital, sede dos poderes Executivo e Legislativo bolivianos. " iniciamos uma paralisação que tem características fundamentais, que irá mostrar a Morales a força de La Paz e a força da Bolívia", declarou Mesa. "Todos nós temos que estar decididos a sair às ruas para mostrar que não aceitamos a fraude", completou.

A questionada reeleição de Morales, após uma polêmica apuração de votos, provocou protestos dos opositores e despertou dúvidas sobre se a Bolívia avança para um regime autoritário e isolado internacionalmente, como o de Nicolás Maduro na Venezuela. "Alerto desde Vila Vila (povoado rural) a todo o povo boliviano: diferentes setores sociais (...) se preparam para realizar um golpe de Estado na próxima semana", denunciou Morales a sua base em um ato público.

O Tribunal Eleitoral (TSE) boliviano anunciou na sexta-feira a vitória de Morales no primeiro turno com 47,08% dos votos válidos, contra 36,51% de Mesa. Carlos Mesa disse no sábado não reconhecer a proclamação oficial de Morales para um quarto mandato em primeiro, por ser "resultado de uma fraude". A oposição anunciou que a partir desta segunda-feira as medidas de protesto serão intensificadas, especialmente em La Paz, sede do Executivo e do Legislativo.

O ministro do Interior, Carlos Romero, afirmou na TV estatal que a oposição "está convocando as pessoas para o confronto (...) para tomar as instituições públicas, para desalojar o governo. Isto é uma convocação ao golpe de Estado. Antes, os golpes eram com militares. Agora, são institucionais", disse, citando os casos de Dilma Rousseff no Brasil e Fernando Lugo no Paraguai.

Os Estados Unidos expressaram preocupação com o que chamaram de irregularidades na votação boliviana nesta segunda-feira, e pediram um segundo turno entre Morales e Mesa. Após as dúvidas levantadas pela contagem dos votos, o presidente boliviano Evo Morales propôs à Organização dos Estados Americanos (OEA) a realização de uma auditoria do processo, que seu secretário-geral, Luis Almagro, aceitou.

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