Após a realização do carnaval de Corumbá, mais uma vez é notável a exportação do dinheiro circulante na economia local para grandes cidades do Estado e do país. A aquisição de fantasias e alegoras, importadas de outras cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, continua sendo uma prática bastante crescente entre as entidades carnavalescas que disputam os títulos no Carnaval de Corumbá.
A verba disponibilizada pelo município e Estado para a festa de momo, com a finalidade de gerar empregos temporários e distribuir renda para fomentação da economia local, terminam escapando por entre os dedos. A importação de fantasias e alegorias é uma política que avança a cada ano e, que precisa, urgentemente ser revista pelos responsáveis pelo desembolso financeiro de verbas governamentais.
Artesãos de Corumbá e Ladário terminam não tendo a oportunidade de mostrar seus talentos e nem mesmo de expandir suas capacidades, pois nos barracões, as fantasias e alegorias chegam prontas, reutilzadas de desfiles em outros Estados, para serem reformadas aqui.
Todos os anos, Rio de Janeiro e São Paulo se preparam para “novas” transações comerciais visando o carnaval e agradecem a inércia das agremiações corumbaenses de “frear” o movimento de valorização da mão de obra local.
Receba a coluna Entrelinhas no seu Whatsapp. Clique aqui para seguir o Canal do Capital do Pantanal.