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Política

Secretário de Segurança da Capital pede desculpas após espancamento de jovem amarrado

Servidores envolvidos foram afastados e tiveram armamento recolhido; caso será apurado com apoio da Polícia Federal

12 julho 2025 - 12h53CG News

O secretário municipal de Segurança Pública de Campo Grande pediu desculpas à população nesta sexta-feira, após cenas de guardas metropolitanos espancando um jovem serem divulgadas pelo Campo Grande News. Anderson Gonzaga afirmou que o caso das agressões contra rapaz amarrado está sendo apurado pela corregedoria da Guarda Civil Metropolitana e já foi comunicado à Polícia Federal. Os dois servidores envolvidos seguem afastados das funções, tiveram o porte de arma suspenso e o armamento recolhido.

"Infelizmente, aconteceu exatamente o que o vídeo mostra: uma barbaridade. A instituição não compactua com esse tipo de comportamento. O correto seria desamarrar o indivíduo, que já estava detido, e conduzi-lo de forma legal. Por mais que alguém esteja em situação de flagrante, ainda assim merece ser tratado com dignidade e dentro da legalidade. É isso que ensinamos e exigimos dos nossos servidores", declarou Gonzaga em entrevista exclusiva ao Campo Grande News. 

É importante destacar que a situação foi enviado para a Polícia Federal porque a Guarda Civil Metropolitana, por ser armada, é fiscalizada diretamente pelo órgão, que deve acompanhar situações envolvendo uso irregular da força. Gonzaga reforça que a instituição não compactua com esse tipo de comportamento e o fato será apurado com o rigor necessário, inclusive com o acompanhamento de órgãos externos como o Gacep (Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial).

O caso aconteceu na última segunda-feira (7), mas o vídeo só chegou à reportagem nesta sexta-feira. As imagens mostram um homem identificado apenas como “Buguinho” sendo ofendido, sufocado, agredido e arrastado por dois guardas municipais no Bairro Morada Verde.

De acordo com a denúncia, o jovem teria sido amarrado por moradores da região após suspeita de furto. Quando os guardas chegaram, em vez de conduzi-lo legalmente, passaram a agredi-lo, como mostram as imagens. Desde então, ele não foi mais visto.

O secretário afirmou que, após conduzir o homem à delegacia, a Guarda Civil Metropolitana não teve mais contato com ele, pois o procedimento passa a ser de responsabilidade da Polícia Civil e do Poder Judiciário. O boletim de ocorrência foi registrado e repassado à comunicação da Prefeitura.

“Uma instituição do tamanho da Guarda Civil Metropolitana e com tudo o que tem conquistado não pode cair em descrédito por causa de um caso isolado envolvendo dois servidores. Hoje somos 1.280 profissionais, e não é justo que todos sejam punidos por conta da conduta de dois”, afirmou Gonzaga.

Ele explicou que os guardas passam por treinamentos anuais obrigatórios, que envolvem capacitação técnica e em direitos humanos, com a participação de instituições como OAB, Ministério Público, Polícia Federal e Defensoria Pública.

Segundo o secretário, os dois agentes envolvidos têm mais de 3 mil horas de curso. “Eles foram capacitados. Não sabemos o que os levou a essa atitude, mas isso será investigado com seriedade”, afirmou.

Ao final da entrevista, o secretário pediu desculpas à população em nome da Guarda Civil Metropolitana e da Prefeitura de Campo Grande. “Um servidor é um ser humano, e infelizmente falhas acontecem. Mas isso não representa a instituição como um todo. Qualquer denúncia será apurada. Nós não concordamos com esse tipo de comportamento”, concluiu.

O caso

Um vídeo enviado ao Campo Grande News mostra guardas municipais de Campo Grande agredindo um jovem, que já estava amarrado e imobilizado no chão. Nas imagens, ele é ofendido, sufocado, arrastado e espancado, inclusive com joelhada no pescoço e chutes na cabeça. Segundo moradores do Bairro Morada Verde, ele era conhecido por pedir comida e não foi mais visto após o episódio.

A Sesdes (Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social) confirmou que os dois servidores envolvidos foram afastados, tiveram o armamento recolhido e respondem a um processo administrativo disciplinar. O caso foi formalizado no Diário Oficial do município do dia 9 de julho.

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