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Jornalista revive tragédia ao saber que assassino da irmã matou outra mulher

29 outubro 2025 - 17h25CG News

A notícia da prisão de Gilson Castelan de Souza, 48 anos, em Campo Grande, acusado de matar a facadas Luana Cristina Ferreira Alves, de 32 anos, nesta terça-feira (28), caiu como uma pancada em Rogério Adriano, jornalista de Cuiabá (MT). O motivo: o assassino era o mesmo que havia tirado a vida de sua irmã, Silbene Duroure da Guia, em Várzea Grande, três anos e quatro meses atrás e da mesma forma.

“Não sabia se chorava ou comemorava. Apesar dele ter sido preso, isso não traz minha irmã de volta. O mais triste é saber que ele fez outra vítima quase da mesma forma”, disse Rogério, ainda abalado com a coincidência.

O primeiro crime aconteceu no dia 17 de junho de 2022, no Bairro Engordador, em Várzea Grande (MT). Sibelne foi encontrada morta dentro da própria casa, com várias facadas na cabeça e no pescoço. O corpo foi descoberto no dia seguinte, depois que familiares estranharam a falta de contato.

O boletim de ocorrência relata que o irmão do suspeito foi até a residência do casal, preocupado com o silêncio. Encontrou as portas trancadas, olhou pela janela e viu o corpo da mulher ensanguentado. A Polícia Militar foi acionada e precisou arrombar a porta. Dentro da casa, os cômodos estavam cobertos de sangue e havia sinais de luta.

Testemunhas disseram que o casal discutia frequentemente por ciúmes. As brigas eram tão intensas que os vizinhos ouviam os gritos.

Contra o suspeito foi expedido um mandado de prisão em 19 de junho de 2022, dois dias após o crime. Desde então, ele estava foragido da Justiça de Mato Grosso, até reaparecer em Campo Grande.

O jornalista Rogério Adriano relembrou o dia em que descobriu a morte da irmã. Na época, ele cobria uma ocorrência de trânsito quando recebeu uma ligação da Guarda Municipal.

“O pessoal da Guarda me ligou: ‘Ô, cabeça de urso, tem um feminicídio aqui no Engordador’. Eu nem dei atenção, mas me deu um pressentimento. Quando cheguei ao local e perguntei o nome da vítima ao delegado, ele disse. Naquele momento descobri que era minha irmã”.

Em choque, ele ligou para o pai e avisou a família. Todos começaram a procurar o suspeito pela região. “Três semanas depois, fui até a casa onde tudo aconteceu. Ele estava por perto, tirou a grade da janela e fugiu pelo rio. Levou lanche, refrigerante e desapareceu”.

A família chegou a investigar por conta própria, indo a cidades próximas, mas sem sucesso. “Uma vez disseram que ele tinha sido visto em Rondonópolis. O delegado mandou uma equipe, mas não era ele".

Ao ver a prisão do assassino da irmã, Rogério reviveu a dor. “Foi uma surpresa. Espero que ele apodreça na cadeia, mas sei que isso não vai acontecer”, desabafou.

Sibelne, que tinha um filho de 7 anos na época estudava para se formar técnica em enfermagem. “Ela estava muito feliz, animada. Um dia antes do crime, conversamos por quase três horas. Ela ria das minhas matérias, dizia que logo ia se formar”, recordou o irmão.

Segundo ele, a irmã não demonstrava sofrer violência. “Eles eram muito fechados. Ninguém imaginava”.

Repetição do horror

Três anos e quatro meses depois, o homem voltou a atacar. Desta vez, a vítima foi Luana Cristina Ferreira Alves, morta com 11 golpes de faca no Bairro Jardim Columbia, na Capital.

Segundo o boletim de ocorrência, Luana estava sentada no pátio da empresa onde trabalhava quando foi surpreendida pelo ex-companheiro. O ataque foi presenciado por colegas de trabalho, que correram para pedir ajuda. Mesmo ferida, ela tentou fugir e chegou a correr por alguns metros até cair na rua, pedindo socorro.

O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) tentou reanimá-la, mas a vítima não resistiu. O assassino foi preso em flagrante, ainda com a faca nas mãos, e confessou o crime, dizendo ter agido “por raiva”. Ele passará por audiência de custódia ainda nesta semana. 

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