Em nota divulgada nesta segunda-feira, 09 de junho, a Ecoa, organização não governamental defensora do bioma Pantanal, fez declaração a respeito dos casos de surgimento de onças na área urbana de Corumbá. Desde o final de março deste ano, de acordo com a Polícia Militar Ambiental (PMA), dois casos já foram registrados. No ano passado, nesse mesmo período, nenhum registro havia sido feito.
A situação é extremamente preocupantes e tem feito moradores da região de Corumbá e Ladário mudarem suas rotinas, adotando medidas de segurança como o reforço de grades de proteção e o controle do horário dos animais nos quintais.
Para a Ecoa, a principal hipótese que justifique a aproximação das onças as áreas urbanas está relacionada aos eventos climáticos hidrológicos extremos. Para a organização, "as secas e os consequentes incêndios contribuem para a redução da produtividade dos ecossistemas, dos quais dependem as onças, as chuvas intensas e a inundação em grande escala da planície promovem a redução de território seco que poderia ocupar, levando-as para a proximidade das casas", explica.
Recentemente André Siqueira, biólogo e diretor da Ecoa, visitou a comunidade tradicional da Barra do rio São Lourenço, em Corumbá, e conversou separadamente com várias famílias sobre a presença das onças e todas foram unanimes em afirmar que a presença das onças nas proximidades das casas teve início em 2021, após os incêndios de 2020.
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Onça-pintada registrada em câmera de segurança na Área de Proteção Ambiental Baía Negra em Ladário. (Foto: Reprodução de vídeo)


