A mineradora Vale divulgou no final da tarde desta sexta-feira (15) que foi concluída a venda dos ativos do Sistema Centro Oeste, que se refere à mineração em Corumbá e Ladário, após 46 anos de permanência na região. A J&F Investimentos S.A foi quem comprou os direitos de exploração de minério de ferro e de manganês no Pantanal, além da empresa de transporte fluvial.
O negócio teve valor global de US$ 1,2 bilhão e o recebimento que faltava para concluir a transação foi de US$ 150 milhões. “A Vale informa que concluiu nesta data (15 de julho) a venda de seus ativos do Sistema Centro Oeste para a J&F Mineração Ltda., controlada pela J&F Investimentos S.A, com o recebimento de US$ 150 milhões.
Esta transação reforça a estratégia da Vale de simplificação de portfólio, com foco nos principais negócios e oportunidades de crescimento, e pautados pela alocação de capital disciplinada”, detalhou a nota.
A comunicação oficial aconteceu porque a Vale é uma empresa de capital aberto e precisa fazer notificação ao mercado. A nota só não deixou claro se ocorre ainda neste mês a completa transferência de comando das ações.
Especialistas do setor de mineração em Corumbá acreditam que a J&F Mineração Ltda deva assumir a unidade a partir de novembro deste ano. Porém, ainda neste primeiro semestre, houve sinalização que esse procedimento poderia ser antecipado para final de julho ou começo de agosto.
A venda foi anunciada no dia 6 de de abril e corresponde à compra de ativos da Mineração Corumbaense Reunida S.A., Mineração Mato Grosso S.A., International Iron Company, Inc.; e Transbarge Navegación Sociedad Anónima. Esse pacote transfere os direitos de exploração de minério de ferro, minério de manganês e a logística no Sistema Centro-Oeste.
Os atuais contratos vigentes no modelo take-or-pay também foram incorporados à negociação.
“Pelos termos acordados, o enterprise value da transação é de cerca de US$ 1,2 bilhão para um conjunto de ativos que contribuiu com US$ 110 milhões de Ebitda ajustado para a Vale em 2021. No fechamento da transação, a Vale receberá cerca de US$ 150 milhões, além de transferir ao comprador as obrigações relacionadas aos contratos logísticos de take-or-pay, sujeito à anuência das contrapartes aplicáveis e demais passivos existentes no conjunto de ativos das referidas sociedades”, informou a nota da Vale emitida em abril deste ano.
Os cerca de 1 mil funcionários da Vale vão ser transferidos na integralidade para a nova empresa de mineração, que ainda não tem expertise nesse setor e vai começar as atividades a partir da unidade de Corumbá/Ladário.
Quando a Vale adquiriu a estrutura total em Corumbá, para a exploração de minérios de ferro e de manganês, em 2009, o negócio com a Rio Tinto ficou na cifra de US$ 750 milhões. Na época, a cotação da moeda norte-americana estava na faixa de R$ 2,30 e, com isso, a transação foi de cerca de R$ 1,7 bilhão.
A estrutura da Vale em Corumbá
- Compra dos ativos: Aquisição de operações de minério de ferro que pertenciam a Rio Tinto Plc em 18 de setembro de 2009.
- Produção: Em 2008: 2 milhões de toneladas de minério de ferro
- Previsão de ampliação para 15 milhões de toneladas ao ano: US$ 750 milhões foram pagos
- Investimento previsto: Recursos que estavam previstos: US$ 2 bilhões (US$ 1,5 bilhão na compra de comboios de barcaças)
- Classificação do minério em Corumbá: Classe mundial, alto teor de ferro e alta qualidade
* Informações do Correio do Estado
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A previsão é que a 'JBS da Mineração', empresa dos irmãos Wesley e Joesley Batista, assuma as atividades no Pantanal no começo deste segundo semestre. (Divulgação)


