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Vacina russa contra Covid-19 gera imunidade sem efeito colateral, aponta estudo

04 setembro 2020 - 11h26Redação Correio do Estado

Um estudo publicado nesta sexta-feira (4) pela revista médica britânica The Lancet apontou que a Sputnik V, a vacina que a Rússia está produzindo contra a Covid-19, apresentou resposta de anticorpos em todos os participantes dos testes em estágio inicial.

Segundo a CNN Brasil, os resultados dos dois testes, conduzidos em junho e julho deste ano e envolvendo 76 pessoas, mostraram que 100% dos participantes desenvolveram anticorpos para a doença causada pelo novo coronavírus e nenhum efeito colateral sério. A Rússia autorizou no mês passado a aplicação de duas doses da vacina em toda a população. Foi o primeiro país a registrar um imunizante, antes mesmo da publicação dos dados sobre a Sputnik V ou que um teste em grande escala fosse iniciado.

“Os dois testes de 42 dias – incluindo 38 adultos saudáveis em cada – não encontraram nenhum efeito adverso sério entre os participantes e confirmaram que a vacina provoca uma resposta de anticorpos”, diz trecho do estudo. "Estudos em grande escala e de longo prazo, incluindo uma comparação com placebo e monitoramento adicional, são necessários para estabelecer a segurança e eficácia a longo prazo da vacina para prevenir a infecção por Covid-19", continua o texto.

A vacina se chama Sputnik V em homenagem ao primeiro satélite do mundo, lançado pela União Soviética, grande confederação de países comunistas que se dissolveu na década de 1990.  Alguns especialistas ocidentais alertaram contra o seu uso até que todos os testes aprovados internacionalmente sejam publicados e as medidas regulatórias tenham sido tomadas.

Mas com os resultados divulgados agora em uma publicação internacional com revisão por outros cientistas, e com testes envolvendo 40 mil pessoas lançado na semana passada, uma autoridade russa disse que Moscou enfrentou seus críticos no exterior. “Com isto [a publicação do estudo], respondemos a todas as perguntas do Ocidente que foram diligentemente feitas nas últimas três semanas, francamente, com o objetivo claro de manchar [a reputação da] vacina russa”, disse Kirill Dmitriev, chefe do Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF), fundo soberano do país que financiou o desenvolvimento da vacina. “Agora vamos começar a fazer perguntas sobre algumas das vacinas ocidentais”, completou, ironicamente, Dmitriev.

Ele afirmou que pelo menos 3 mil pessoas já foram recrutadas para o teste em grande escala da Sputnik V e que os resultados iniciais são esperados para outubro ou novembro deste ano. Em nota divulgada nesta sexta antes da publicação do estudo, o RDIF havia dito que a vacina não apresentava efeitos colaterais sérios e tinha “alta segurança e eficácia” comprovadas.  

“Os resultados dos ensaios clínicos das fases 1 e 2 da Sputnik V não mostraram eventos adversos sérios para nenhum dos critérios, enquanto a incidência de efeitos colaterais sérios para outras vacinas candidatas varia de 1% a 25%”, destacou, no documento, o RDIF. O fundo informou ainda que o nível de anticorpos neutralizantes de vírus dos voluntários vacinados com Sputnik V foi 1,4 a 1,5 vezes maior do que o nível de anticorpos de pessoas que tiveram Covid-19.

Opinião de especialistas

Comentando sobre os resultados dos testes em estágio inicial, o autor principal do artigo na revista, Naor Bar-Zeev, do Centro Internacional de Acesso a Vacinas da Escola de Saúde Pública Bloomberg, na universidade norte-americana Johns Hopkins, disse que os estudos foram “encorajadores, mas pequenos”.

Bar-Zeev, que não esteve envolvido no estudo, disse que “a eficácia clínica de qualquer vacina contra Covid-19 ainda não foi demonstrada”.

Para Brendan Wren, professor de patogênese microbiana na Escola de Medicina Tropical e Higiene de Londres, os estudos sobre a Sputnik V são encorajadores.  

“Os dados do estudo com a vacina russa (...) demonstram a segurança e a imunogenicidade das vacinas contra Covid-19 com base em adenovírus”, disse.

 

 

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