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Tensão: 10 anos da maior rebelião em MS pode passar com Agentes Penitenciários em greve

05 maio 2016 - 10h05Gesiane Medeiros
O próximo Domingo, 8 de Maio, Dia das Mães, data em que se completa dez anos da maior rebelião já realizada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) no Estado, passará com os Agentes Penitenciários em greve, momento em que o alerta está em sinal vermelho e a segurança pública apreensiva por uma possível rebelião nos presídios. A tensão é para que os momentos de terror e barbárie de 14 de maio de 2006 não sejam revividos. Segundo informações do próprio Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária (Sinsap/MS) há informações de que a qualquer momento uma revolta por parte dos internos pode ocorrer.A greve dos Agentes iniciou na última segunda-feira (2) quando também ocorreu uma Assembleia com participação de 300 servidores aproximadamente, onde decidiram por recusar a proposta do governo do estado, de abono salarial de R$ 200, recolocação dos servidores em suas devidas classes pelo critério de tempo de serviço, através da alteração do artigo 54, forma em que seria reiniciado a contagem do tempo na nova classe. A contra proposta dos servidores da categoria pede a manutenção do abono salarial, desde que seja incorporado no salário; a correção salarial de 16,14%; promoção dos servidores e aposentadoria especial. André Luiz Santiago, presidente do Sinsap, aguarda por uma resposta positiva do governo, “Esperamos que o Governo se sensibilize com a situação dos agentes penitenciários e aceite a proposta que apresentamos”, fala Santiago. A expectativa é que o governo se manifeste até amanhã, sexta-feira (6), antes do dia D de tensão nos presídios do Estado. Segundo o diretor financeiro do Sinsap, João Guimarães, os presídios estão funcionando com o efetivo de 30% obrigatório por Lei, mas isso não é por conta da greve, “este é o nosso real efetivo de trabalho, não queremos prejudicar a sociedade com possíveis rebeliões, mas temos que lutar por melhores remunerações e condições de trabalho”, ressalta Guimarães. A reclamação pelo aumento no efetivo dos presídios é uma realidade antiga, segundo a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), o concurso público em andamento irá proporcionar a incorporação de mais 483 servidores ao trabalho na categoria, porém é preciso aguardar. O Capital do Pantanal entrou em contato com o diretor do presídio masculino de Corumbá, Ricardo de Lima, e ele afirmou estar "as cegas", que até o momento nem o Governo nem a Agepen sinalizou qualquer resposta, e que desde ontem (4) nada está entrando no presídio, nem mesmo alimento. "Se o governo não se manisfestar até amanhã, sexta-feira, as visitas serão cortadas no domingo (8)". Através de investigação com familiares dos detentos o Capital do Pantanal soube que caso isso ocorra há fortes indícios de que aconteça uma rebelião, os familiares afirmam que os detentos vivem no aguardo de um único comando por parte do PCC.Sobre a rebelião em 2006 A rebelião que iniciou em São Paulo e se espalhou por quatro cidades de Mato Grosso do Sul, foi comandada pela facção criminosa do Primeiro Comando da Capital (PCC). Era dia das mães, 14 de maio de 2006, momento em que os presídios recebiam visitas alusivas à data e o clima estava distante da tensão de uma rebelião, porém tudo mudou e os momentos de terror causaram estragos até hoje lembrados por quem presenciou ou acompanhou o fato. Uma das imagens mais marcantes da ação criminosa, mostra a frieza e crueldade dos presos que exibiam uma cabeça carbonizada de um dos internos do presídio de segurança máxima de Campo Grande, como troféu. A vítima era Fernando Aparecido Eloy com histórico nada bondoso e registros de homicídios inclusive dentro do presídio. A rebelião atingiu as unidades penais de Campo Grande, Dourados, Três Lagoas e Corumbá. E até hoje agentes penitenciários que viveram os momentos não se recuperaram do trauma psicológico.  A negociação foi longa e tensa, até que a ordem fosse restabelecida. Dados históricos do Campo Grande News

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