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Status de área livre de aftosa sem vacinação é oportunidade estratégica para MS

18 abril 2019 - 09h12Portal do Governo de Mato Grosso do Sul

No encontro do Comitê gestor que trabalha no Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) em Mato Grosso do Sul, realizado terça-feira (16) na Superintendência Federal da Agricultura (SFA), em Campo Grande, o secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) reforçou a dimensão que a obtenção do status de área livre de febre aftosa sem vacinação tem para a pecuária e a economia sul-mato-grossense.

“O Governo do Estado fez uma opção estratégica e trabalha para que, no ano de 2021, Mato Grosso do Sul garanta o status de área livre de febre aftosa sem vacinação. Essa evolução vai nos permitir um novo posicionamento da pecuária sul-mato-grossense no mundo, dada a qualidade na nossa carne. Nós atingimos níveis de excelência na nossa produção pecuária que já são referenciados pelo mercado, graças a programas como o Precoce e outros. Tudo isso pode ser prejudicado caso não consigamos cumprir as metas estabelecidas no PNEFA e essa é uma responsabilidade e um trabalho de todos, produtores e governo”, afirmou o secretário Jaime Verruck no encontro do Comitê gestor do PNEFA no Estado.

O titular da Semagro participou do encontro juntamente com o superintendente de Produção e Agricultura Familiar, Rogério Beretta, do superintendente Federal de Agricultura no Estado, Celso Martins, do diretor-presidente da Iagro, Luciano Chiochetta e representantes da Famasul, Sejusp, Sefaz, Embrapa, Sicadems, Avimasul e CRMV-MS. “A SFA nos apresentou o quanto evoluímos desde o início dos trabalhos. Hoje, nós sabemos o que precisamos fazer, temos um planejamento com metas e prazos definidos. Todas as entidades que participaram da reunião estão cientes de que a responsabilidade é conjunta e estamos dando todos os passos necessários para atingir o nosso objetivo”, frisou o secretário.

Uma das ações é Campanha de Vacinação contra febre aftosa, já em andamento em todo o Estado e que neste ano traz uma novidade, que é a redução da dose, de 5 ml para 2 ml. A alteração da dosagem da vacina – hoje obrigatória em bovinos e bubalinos – e sua retirada definitiva em todo País fazem parte do Plano Estratégico 2017-2026 do PNEFA, que busca a mudança de status para ‘livre de febre aftosa sem vacinação’. “Nós temos um excelente nível de cobertura vacinal no Estado, chegando a pouco mais de 98%, mas a nossa meta é ter 100% do rebanho vacinado”, lembra Verruck.

Outra ação que irá contribuir com o trabalho do governo estadual no cumprimento das metas para que Mato Grosso do Sul obtenha a certificação de área livre e aftosa sem vacinação é o projeto de lei que institui o programa de atualização cadastral do produtor e ajuste de rebanho no Estado. O PL já foi encaminhado à Assembleia Legislativa pelo governador Reinaldo Azambuja.

“Teremos informações atualizadas sobre o rebanho no Estado. O produtor que estiver com algum tipo de inconformidade poderá regularizar a sua situação mediante as condicionantes previstas na legislação. A lei também vai contribuir para reforçar os recursos do Refasa – Reserva Financeira para as Ações de Defesa Sanitária Animal – outro item fundamental para o Estado ser livre de aftosa, sem vacinação”, finalizou Jaime Verruck.

Valorização da carne Made in MS

Na reunião, Celso Martins, da SFA-MS ressaltou o trabalho que vem sendo realizado pelo Comitê gestor do PNEFA em Mato Grosso do Sul para que o Estado possa conquistar o status de ‘livre de febre aftosa sem vacinação’. Segundo ele, além de baixar custos e valorizar ainda mais a carne produzida no Estado, “esse status vai auxiliar na abertura de novos mercados, como o asiático – que exige essa condição”.

Sobre os principais desafios para a realização das ações, o superintendente da SFA-MS destacou que, com a fragilização da vacinação e a previsão de retirada da vacinação em Mato Grosso do Sul até 2021, o trabalho passa a ser focado no cuidado a outros parâmetros, como a condição de receptividade e os riscos de entrada da doença. “Temos de estruturar os serviços oficiais e da iniciativa privada, para minimizar os riscos”, frisou.

Celso lembrou da importância da conscientização dos pecuaristas quando da ocorrência da doença há 13 anos e como o trabalho conjunto com os serviços oficiais foram fortalecidos deste então, levando o Estado a ter um dos melhores percentuais de eficiência vacinal do País nos últimos anos, ultrapassando sistematicamente os 99%. “Além do que, neste período, tivemos ainda a evolução das estruturas, dos métodos de manejo. Isso tudo são condições favoráveis a implementação das ações previstas pelo programa, nessa nova fase”, completou.

Ao citar a extensa faixa de fronteira, que diferencia o Estado dos outros entes que trabalham o programa, Celso Martins lembrou da melhoria da condição sanitária de alguns países vizinhos, como Paraguai e Bolívia. Segundo ele, com os avanços nesses serviços veterinários, o trabalho de prevenção e resultados de pesquisas e exames sorológicos já sustentam condição sanitária equivalente à do Brasil. “Mesmo com essa evolução, precisamos trabalhar para melhorar as condições do próprio Estado e do Governo Federal para atuação em situações de emergência, estruturando todo o serviço e dando condições de agir com agilidade e eficiência”, finalizou.

Ação da Iagro no Estado

O diretor-presidente da Iagro, Luciano Chiochetta, apresentou o status do plano de ação que foi elaborado em consonância com a vistoria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, realizada ano passado. “Apresentamos as ações que já foram realizadas dentro desse plano e apresentamos também os principais projetos para estruturação da Iagro, com vistas a retirada da vacinação, prevista ocorrer, aqui, em 2021”, afirmou.

Luciano falou sobre a importância da estruturação do quadro de pessoal, a reestruturação da frota, das melhorias necessárias no sistema de vigilância e controle de transito e em especial da alteração taxas, incluindo na discussão as possíveis fontes de financiamento, que podem, no caso dessas atividades, ser públicas ou privadas.

Segundo o diretor da Iagro, nos próximos trinta dias o grupo vai trabalhar na avaliação do que foi discutido no encontro, devendo se reunir para então dividir-se em subcomissões e trabalhar nos detalhes de cada item proposto. Dessas subcomissões sairá um parecer para encaminhamento e início das ações com foco na reestruturação.

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