Servidores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e institutos federais do estado paralisam suas atividades profissionais nesta segunda-feira (19) em apoio à Greve geral (nacional) contra a reforma da Previdência Social. A decisão foi tomada em assembleia geral das categorias, representadas pelo seu sindicato, o SISTA-MS (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e Institutos Federais de Ensino de MS), na sexta-feira (16).
Além de cruzarem os braços para o trabalho nesse dia, os trabalhadores ligados ao SISTA-MS seguirão uma programação também estabelecida em assembleia. Logo pela manhã, às 6h30, começaram uma panfletagem na entrada da própria universidade, que recebe os acadêmicos nesta segunda-feira,19. A reitoria da universidade foi informada dessa agenda dos trabalhadores e a paralisação não deverá ser integral.
Depois, às 8h, os manifestantes seguem para engrossar os protestos contra a reforma em frente ao prédio do INSS, na Rua 26 de Agosto, esquina com a Rua 14 de Julho, onde trabalhadores e servidores de outras áreas, com seus representantes sindicais, federações e centrais sindicais, também estarão presentes. “Faremos essa manifestação em conjunto com trabalhadores de outras áreas para demonstrarmos às nossas autoridades nossa indignação, a indignação do povo sul-mato-grossense contra essa reforma que é desnecessária, injusta e prejudicial apenas aos trabalhadores e servidores públicos em geral”, axplica Claudete Candida Gomes, coordenadora do SISTA-MS.
Também como parte da agenda de protesto, o SISTA-MS participa de um debate às 19h sobre “Crise da legalidade e retirada de direitos” que será realizada na UFMS na unidade 6, organizado pelo Curso de Filosofia, com o apoio do CAFIL, SISTA-MS e ADUFMS
MANIFESTAÇÕES – Esta segunda-feira de protesto será marcada também por outros atos e ações de trabalhadores em diversas áreas, tanto em Campo Grande como no interior e em todo o Brasil.
Waldevino Basílio, também da coordenação do SISTA-MS informa que outras categorias farão protestos desde as primeiras horas da manhã e algumas delas aderiram também pela paralisação dos trabalhos.
Membros do movimento das camponesas de Mato Grosso do Sul vão acampar na Praça do Rádio a partir das primeiras horas da manhã.
VERDADES NÃO DIVULGADAS – As manifestações em todo o Brasil contra a reforma da Previdência acontecem porque as entidades sindicais e diversos outros organismos da sociedade estão “preocupadíssimas” com as consequências dessa reforma na vida dos brasileiros, caso seja aprovada como está. Além do alto poder de destruição de vidas e famílias, esse processo de reforma da previdência não explica alguns fatos gravíssimos elencados aqui pelo SISTA-MS:
- A proposta de reforma não mexe com o Judiciário, Deputados, Senadores, Ministros e Militares;
- Dados fornecidos pelo próprio Ministério da Fazenda comprovam que o Regime Geral de Previdência Social deixou de arrecadar R$ 57,7 bilhões com isenções e renúncias fiscais no ano passado;
- O Governo esconde que deixa de cobrar R$ 427,73 bilhões dos grandes devedores da Previdência e que distribui benefícios tributários para grupos econômicos privilegiados;
- Por meio da MP 795/17 o Governo abriu mão, até 2040, de R$ 980 bilhões em favor das petrolíferas, valor maior que o dobro dos R$ 476 bilhões que o Governo pretende economizar com a Reforma da Previdência;
A CPI da Previdência apurou e comprovou todos esses dados e informações, concluindo que a reforma é desnecessária. Entretanto, o poder financeiro de Michel Temer junto a parlamentares é tão forte que o projeto de reforma continua em tramitação, ameaçando todo o povo brasileiro. “Daí a necessidade de manifestações públicas como essa em Mato Grosso do Sul e em todo o Brasil”ressalta Cleodete Candida, do SISTA-MS.