Menu
sexta, 18 de julho de 2025
Andorinha 77 anos - junho de 2025
Andorinha 77 anos - junho de 2025
Geral

“Se o bebê mexe, ela quer morrer”: o drama da menina grávida do pai

03 setembro 2018 - 10h01Campo Grande News

Uma vontade de morrer a cada vez que o filho mexe na barriga. A triste realidade é de uma menina de 12 anos que encara uma gestação triste sobre qualquer viés: foi estuprada pelo pai, engravidou, vivencia uma gravidez de risco e pensa em se matar.

Na sexta-feira (dia 31 de agosto), o pai, um homem de 36 anos, foi preso em Anastácio, a 135 km de Campo Grande, pela violência sexual. Ele confessou o crime e tentou justificar que a filha consentia. Da delegacia de Polícia Civil foi para o presídio.

Conforme o advogado José Belga Trad, consultado pela reportagem, o aborto legal é previsto no artigo 128, inciso II, do Código Penal. A legislação prevê que não se pune aborto praticado por médico “se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal”. Em Anastácio, a intenção é que a criança vá para a adoção.

De acordo com a coordenadora do Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) de Anastácio, a assistente social Débora do Carmo, a menina fez ultrassom na última quinta-feira. Não foi possível saber o sexo, o bebê se desenvolve bem, mas dentro de um corpo pequenino, que ainda não estava pronto para uma gestação. Segundo Débora, toda vez que o bebê mexe, a menina externa a vontade de morrer.

A intenção é que, após o parto, ela não tenha mais contato com o bebê, que será encaminhado para a adoção. “O relatório vai pedir ao juiz para não ter contato com a criança”. Agora, a menina mora com uma familiar e recebe acompanhamento psicológico.

Com muitas crianças, a família já era acompanhada pela assistência social por motivo de negligência, pois os pais são alcoólatras. Inclusive, com os filhos sendo acolhidos enquanto os pais se tratavam. Depois, voltaram ao convívio familiar.

“São acolhidos, trabalha a família e voltaram para a casa. A assistência social trabalha pelo fortalecimento do vínculo. A gente tem que acreditar no ser humano, principalmente pai e mãe”, afirma. A menina cuidava dos irmãos mais novos e o Creas interveio por questão de negligência.

A garota tem compleição física de 9 anos, o baixo crescimento é mais um resultado da pobreza e alimentação precária. Em termos mais exatos, é uma menininha, mirradinha, pequeninha e que, no meio de tanta tristeza, se encantou por uma boneca na sala da psicóloga.

Deixe seu Comentário

Leia Também

Esporte
Copa Integração será em agosto com disputa de equipes masculinas e femininas
Destaque
Militar do Exército em Corumbá resgata tripulantes à deriva em Puerto Suárez
Tempo
Sexta-feira tem sol mas mantém sensação de frio
Corumbá e Ladário têm mínima de 8°C e máxima de 28°C
geral
Diploma de tecnólogo agora é aceito em concurso da Polícia Civil de MS
geral
Planejamento visual de negócios será tema de oficina no Sebrae
oportunidade
Corumbá abre vagas temporárias para área administrativa na educação
Prestação de Serviço
Manutenção deixa toda Ladário sem água nesta quinta, 17
Justiça
STF bloqueia R$ 85,7 milhões por suspeita de fraudes em emendas
Prestação de Serviço
Falta de energia deixa bairros de Corumbá sem abastecimento nesta quinta, 17
Judiciário
Comarca de Corumbá sofre reestruturação e tem nova juíza titular na 1ª Vara Criminal

Mais Lidas

oportunidade
Corumbá abre vagas temporárias para área administrativa na educação
Representatividade
Rhayllana Silva representa Corumbá com orgulho e força no Miss Trans MS
Educação
Corumbá tem vagas de estágio disponíveis pelo IEL
Judiciário
Comarca de Corumbá sofre reestruturação e tem nova juíza titular na 1ª Vara Criminal