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Saúde de MS fica sob alerta após novo vírus matar três pessoas na Bolívia

18 novembro 2020 - 09h58Aletheya Alves, Campo Grande News

Mato Grosso do Sul recebeu alerta do Ministério da Saúde pouco tempo depois de pesquisadores dos Estados Unidos anunciarem possível transmissão entre humanos, na Bolívia, de vírus pertencente ao grupo de causadores de doenças como ebola. O Estado tem fronteira seca e por água com a Bolívia e por isso a preocupação.

O CDC (Centro de Prevenção e Controle de Doença dos Estados Unidos) confirmou que 3 pessoas morreram na Bolívia em 2019. Como se trata de estudo científico, só agora a confirmação ocorreu.

De acordo com a divulgação, entre os sintomas registrados estão febre, dor abdominal, vômito, sangramento nas gengivas, dor atrás dos olhos e vermelhidão na pele - que se assemelha à dengue hemorrágica.

Devido à proximidade com o país, um alerta de prevenção foi encaminhado ao Cievs-MS (Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde) pelo Ponto Focal Nacional para Regulamento Sanitário Internacional, parte no Ministério da Saúde.

Conforme informado pela diretora da Vigilância em Saúde de MS, Larissa Domingues Castilho de Arruda, a mensagem foi direcionada para a vigilância sanitária de Corumbá, que tem fronteira com a Bolívia.

Retificamos o alerta para que haja notificação sobre possíveis casos”, explicou.

Até o momento não houve qualquer caso suspeito, mas todos os estados do país receberam o alerta para que estejam cientes.

Vírus chapare - Foi informado pelo CDC que três profissionais da saúde foram contaminados por dois médicos em La Paz, capital da Bolívia. Em consequência, um dos pacientes e dois médicos morreram. Ao jornal The Guardian, epidemiologista do CDC explicou que o vírus pode ser carregado por ratos, gerando contaminação em humanos.

Antes de 2019, o único registro de contaminação pelo vírus foi em 2004 na região da cidade de chapare, no mesmo país. Os estudos do CDC indicam que vários fluidos corporais podem carregar o vírus. Todas as informações foram divulgadas no encontro anual da Sociedade Americana de Higiene e Medicina Tropical.

Também foi informado que o vírus pode ter circulado ao longo dos anos sem ser detectado justamente por se parecer com a dengue.

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