Com o objetivo de desarticular organização criminosa de grande porte especializada no contrabando de cigarros e combater a corrupção policial que facilita o contrabando, a Polícia Federal deflagrou neste sábado (22), a “Operação Nepsis” em cinco Estados, sendo eles: Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Alagoas. Entre os presos, além dos líderes e dos “gerentes” da Organização Criminosa, encontram-se policiais da PRF, da Polícia Militar e da Polícia Civil do Estado do Mato Grosso do Sul.
De acordo com informações da Polícia Federal, a organização Criminosa investigada formou um verdadeiro consórcio de grandes contrabandistas, com a criação de uma sofisticada rede de escoamento de cigarros contrabandeados do Paraguai pela fronteira do Mato Grosso do Sul, a qual se estruturava em dois pilares: um sistema logístico de características empresariais, com a participação de centenas de pessoas exercendo funções de “gerentes”, batedores, olheiros e motoristas e, ainda, a corrupção de policiais cooptados para participar do esquema criminoso.
Só em 2017, acredita-se que os envolvidos tenham sido responsáveis pelo encaminhamento de ao menos 1.200 (mil e duzentas) carretas carregadas com cigarros contrabandeados às regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Os valores em mercadorias contrabandeadas atingem cifras superiores a R$ 1,5 bilhão (um bilhão e meio de reais).
A PRF (Polícia Rodoviária Federal) participa da operação, que contou, ainda, com a colaboração da Receita Federal do Brasil, apoio logístico do Exército Brasileiro e da FAB (Força Aérea Brasileira) e acompanhamento das Corregedorias das Polícias Civil e Militar.
A Corregedoria Regional da PRF em Mato Grosso do Sul iniciou uma troca de informações com a Polícia Federal, onde havia um inquérito que investigava uma quadrilha de contrabandistas que atuava entre Ponta Porã e São Paulo, com ramificações em Minas Gerais e Goiás. Após alguns meses de investigação, foi possível identificar o modus operandi dos envolvidos, o volume de mercadorias transportadas e apontar os principais integrantes que agiam na rota do contrabando
Cerca de 280 policiais federais de diversos estados fazem parte da operação para o cumprimento de 35 mandados de prisão preventiva, 8 mandados de prisão temporária, 12 suspensões de exercício de atividade policial e 43 mandados de busca e apreensão nos Estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Alagoas.
Em Mato Grosso do Sul, foram cumpridos mandados contra sete policiais rodoviários federais, quatro policiais militares – dois deles já estão presos –, dois policiais civis e outros membros do grupo. A Corregedoria Regional da PRF, com apoio da Corregedoria-Geral, em conjunto com o MPF e a Polícia Federal, cumpre os mandados em Dourados e Bataguassu.
Foram apreendidas grande quantidade em dinheiro em resort, casas, e apreendidos carros e embarcações de luxo. A quantidade de dinheiro aprendido ainda não foi divulgada.
O nome da Operação Nepsis
Reporta a um termo grego que significa vigilância interior, estado mental de atenção plena, em uma alusão à vigilância necessária para combater as sofisticadas atividades contrabandistas e no que concerne à própria atividade de fiscalização estatal no combate à cooptação integrantes de Órgãos de repressão e fiscalização.
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