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PF pede que 2 helicópteros "do crime" passem a combater tráfico na fronteira

23 agosto 2018 - 15h08

De oito aeronaves sequestradas pela Justiça, quatro são de Felipe Ramos Morais, apontado como coordenador das rotas de tráfico do PCC

Helicópteros apreendidos na operação Laços de Família podem trocar de lado: passar do crime para o combate ao tráfico de drogas nas regiões de fronteiras de Mato Grosso do Sul. O pedido foi feito pela PF (Polícia Federal), que realizou a ação em junho, à 3ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande.

A solicitação é que dois helicópteros (modelos AS350 B3 Esquilo e Robinson 66) sejam repassados à Casa Militar, que é da PM (Polícia Militar). Existe termo de cooperação entre as polícias federal e militar para atividade de apoio recíproco.

Conforme consulta ao sistema da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o modelo Robinson 66, prefixo PP-STV, é de uma empresa, tem capacidade para quatro pessoas e foi fabricado em 2012. Ele está bloqueado. O juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira determinou que o MPF (Ministério Público Federal) se manifeste sobre o pedido.

Ao todo, a operação sequestrou oito helicópteros, sendo o mais “famoso” o usado para levar Gegê do Mangue e Paca, lideranças da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), para execução em Fortaleza (Ceará). O modelo Airbus EC-130 está com a secretaria de segurança daquele Estado.

Rotas do PCC - Das aeronaves, quatro são de propriedade do piloto Felipe Ramos Morais, apontado como coordenador das rotas de tráfico do PCC. Felipe é dono do helicóptero usado no assassinato de Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca.

Uma das frentes interestaduais da operação Laços de Família apreendeu no Guarujá, litoral de São Paulo, lancha avaliada em R$ 1 milhão, também com suspeita de ligação com o piloto.

Ostentação - A Laços de Família investigou uma família de Mundo Novo, que agia como “máfia” e tinha relações comerciais com o PCC. O grupo era liderado pelo policial militar Silvio César Molina Azevedo.

Durante a investigação, a Polícia Federal apreendeu R$ 317.498,16 em dinheiro, joias avaliadas em R$ 81.334,25, duas pistolas, 27 toneladas de maconha, duas caminhonetes e 11 veículos de transporte de carga.

Os mandados de busca e apreensão ajudam a dimensionar o tamanho do patrimônio do grupo: 136 ordens de sequestros de veículos, sete mandados para apreender aeronaves (helicópteros), cinco mandados de sequestro de embarcações de luxo e 25 mandados de sequestro de imóveis (apartamentos, casas, sítios, imóveis comerciais). As ordens judiciais foram cumpridas em MS, Paraná, São Paulo, Goiás e Rio Grande do Norte.

O esquema usava pessoas físicas e jurídicas para pulverizar e “legalizar” o dinheiro obtido com o lucro da venda de maconha pelo país. Dez empresas, de loja de bijuterias a revendedora de veículos, identificadas como parte do esquema milionário de lavagem de capitais foram fechadas na ocasião.

No processo, a Sefaz (Secretaria Estadual de Fazenda) informa a suspensão das empresas Molina MS Transporte de Carga Ltda e Chick Biju Ltda.

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