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Parcerias garantem alimentação básica e acesso à cultura para famílias vulneráveis da região

27 agosto 2020 - 09h58Gesiane Sousa

Desde o final de março, quando a pandemia foi anunciada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), famílias de todo o país se viram sem renda para se sustentarem. As recomendações de isolamento social pareciam um decreto de fome aos trabalhadores informais, que não enxergavam como iriam sobreviver. Chegou então o momento de união pela vida, pessoas, instituições sociais e empresas privadas uniram esforços para dar o que comer a quem não tinha renda fixa para atravessar os meses da quarentena, que não tem previsão de acabar.

Em Corumbá, o instituto Moinho Cultural Sul-Americano, que atende crianças e adolescentes de Corumbá, Ladário e região de fronteira com a Bolívia, foi contemplado pelo programa do Itaú Social. Com a verba de R$ 45 mil a instituição conseguiu ampliar a distribuição de cestas básicas e kits de higiene entre as famílias assistidas. Antes, 80 delas recebiam cestas básicas com alimentos não perecíveis e produtos de higiêne, e com o recurso Itaú Social, foi possível atingir 150 famílias, que durante 4 meses,  receberão ajuda para manter o básico na mesa. Essa foi apenas uma das parcerias que possibilitaram a reinvenção da instituição durante a pandemia.

Segundo a diretora presidente do Moinho, Márcia Rolon, o Núcleo Social que já tinha registro das condições financeiras de cada uma das famílias assistidas, puderam selecionar as que se encontram em situação de vulnerabilidade maior. “Com o recurso que seria destinado para o lanche dos participantes nós conseguíamos entregar 80 cestas. Por 3 meses, recebemos um valor da Empresa VALE Mineração, onde conseguimos ampliar esse atendimento para 100 cestas, e agora com o recurso do Itaú Social, ampliarmos para 150 cestas. Em 4 meses, serão entregues 600 cestas básicas. E acabamos de receber a notícia que o Itaú Social também irá encaminhar livros de literatura infantil para serem entregues junto com a cesta”.

Núcleo Social do Moinho acompanha a situação das familias cadastradas. Foto: Divulgação Moinho Cultural

A parceria com o Itaú Social se deu através da participação em mapeamento de organizações da sociedade civil e suas ações de prevenção e redução dos impactos do Coronavírus. A parceria do Moinho com o Itaú Social já duram três anos.

Na cesta, as famílias recebem: arroz, açúcar, óleo, feijão  carioca, feijão preto, farinha de mandioca, farinha de trigo, macarrão, espaguete, extrato de tomate, molho de tomate, pó de café, caixa de chá mate,  biscoito agua e sal, biscoito recheado,  vinagre, sal, tempero completo, lata de milho verde e itens de limpeza e higiene.

Márcia Rolon destaca que o “avanço da COVID-19 no Brasil, exige respostas rápidas e solidárias de todos os atores sociais, o Instituto Moinho Cultural Sul-Americano é uma Organização da Sociedade Civil, sociocultural, não trabalhamos apenas na área cultural, mas atuamos firmemente na área social e educacional, utilizando a arte como ferramenta de transformação social. Sabemos que os impactos da pandemia afetaram especialmente os familiares atendidos pela nossa instituição, dessa forma nos mobilizamos imediatamente, transformando o lanche que seria entregue, em cestas para as famílias mais afetadas”.

Sobre o novo normal imposto à rotina da instituição, Márcia explica que durante 15 dias o instituto ficou de portas fechadas, distante de todos, e que o silêncio era assustador. Até que decidiram virar o jogo. O Núcleo Social mapeou quem tinha acesso a computador e internet para que os projetos fossem retomados remotamente. A instituição disponibilizou equipamento para quem não os tinha, de modo que todos os inscritos pudessem ter no mínimo, 4 horas de aula online semanais.

Uma parceria com a Microsoft e o Google foi essencial para por em prática esse plano. “Vimos o abismo que nos obrigou separar sorrisos e abraços, da arte do fazer artístico, receamos não conseguir mais retomar os sons e os movimentos diários que nos alimenta no Moinho Cultural”, desabafa Márcia.

Plataforma digitais se tornaram salas de encontro para aulas de dança e música. Foto: Divulgação Moinho 

Todos os participantes, a partir dos 9 anos, foram cadastrados na plataforma Zoom, onde os encontros acontecem. A parceira VALE Mineração possibilitou a compra de 50 chips para celular, que foram repassados para os familiares que não tinham acesso a internet. Desta forma, agora todos tem acesso à internet e consequentemente, as aulas de música, dança, literatura e ainda este mês será incluído um curso de fotografia.

Projetos importantes como os intercâmbios com a Orquestra Sinfônica Brasileira, Orquestra Ouro Preto e agora também com a Orquestra Filarmônica de Minas, puderam ser continuados.  Além do espaço aberto para intercâmbios internacionais com o Paraguai e Espanha e a Cia de Dança do Pantanal.  

O Moinho segue vivo utilizando outras ferramentas como o canal no You Tube, a plataforma Teams e os grupos de WhatsApp para manter todos juntos, envolvendo famílias, crianças, adolescentes, professores e a instituição como um todo.

 Márcia finaliza declarando que “esse novo fazer artístico nos coloca dentro da casa de cada um, nos deparamos com muitas dificuldades sociais que vão além da falta de recurso financeiro. Percebemos que o Moinho Cultural é um LUGAR onde eles se sentem acolhidos e protegidos, e que, neste momento, acabam se vendo em um vazio tremendo e, infelizmente, não conseguem sair de dentro de um ambiente familiar, mas que por muitas vezes se torna inóspito e irritante. Aos poucos nos aproximamos, conversamos e praticamos a escuta principalmente com os jovens. Estamos criando uma rede de escuta e apoio, junto com a nossa equipe do Núcleo Social e abrimos um espaço virtual onde os sorrisos e os abraços podem ser trocados, e a música continua sendo soada e a dança nos ajuda a continuar em movimento... Até que o Novo Normal principie”.

 

 

 

 

 

 

 

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