O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou que a fiscalização e cuidado com a região de fronteira na região de Mato Grosso do Sul será uma das prioridades do novo Ministério da Segurança Pública, que deve ser criado nos próximos dias pelo presidente Michel Temer (MDB).
"O governo está fazendo a intervenção no Rio de Janeiro de forma excepcional, o que é uma declaração de guerra ao banditismo, no entanto depois o foco será de caráter nacional com o novo ministério, quando entra a retomada da fronteira", disse Marun, em entrevista ao Campo Grande News.
Ele explicou que para região de fronteira não será feita uma "intervenção" e sim uma ação planejada que será organizada pela nova pasta. "O presidente (Michel Temer) está fazendo os últimos ajustes e detalhes para fazer o lançamento em breve", garante ele.
Marun não adiantou que ações específicas serão realizadas na fronteira, em relação ao efetivo da Polícia Federal ou utilização do Exército, pois alega que este novo grupo de trabalho é quem vai definir. A falta de investimentos e fiscalização na região de divisa com a Bolívia e Paraguai é uma das principais reclamações das autoridades de Mato Grosso do Sul.
Ação simultânea - O secretário estadual de Segurança, Antônio Carlos Videira, declarou que a intervenção no Rio de Janeiro, teria que ser seguido por ações simultâneas em diversas parte do País, principalmente na fronteira, onde é a entrada do tráfico de drogas e armas. Ele ponderou que deve ter aumento de efetivo, além de repasse de recursos aos estados.
O comandante do DOF (Departamento de Operações de Fronteira), o coronel Kleber Haddad Lane, também defende uma ação em conjunto entre as forças de segurança, tendo a participação inclusive do próprio Exército Brasileiro.