O produtor rural pantaneiro de Mato Grosso do Sul comemora as obras em andamento que devem ligar as regiões do Paiaguás, Nhecolândia e Nabileque. Conduzidas pelo Estado, as obras de pavimentação, proteção de aterro, recuperação à margem de rios e construção de pontes, devem tornar a pecuária mais sustentável e competitiva na região, diminuindo custos e facilitando a logística para quem pretende investir ou escoar a produção.
Segundo produtores rurais da região, o projeto pode viabilizar a fase de engorda no Pantanal, onde antes não era possível, devido à logística do gado, o que faz a maioria optar por cria e recria. As novas estradas trarão também valorização das terras e menores custos ao produtor.
Em contrapartida pelas obras os produtores rurais se responsabilizaram por cercar todo o trajeto. “Várias regiões passarão a ter ligação entre elas. Isso facilitará muito a vida do pecuarista e de toda população que vive do Pantanal. As pontes de concreto e a pavimentação das estradas, também facilitarão o acesso dos insumos, que precisamos para o processo de engorda, vacinação e equipamentos parar tornar a atividade mais produtiva”, sinaliza o presidente do Movimento Nacional dos Produtores (MNP), Rafael Gratão. “Estamos criando cercas no trajeto, para evitar o acesso do rebanho bovino às estradas”, completa o presidente.
Só as obras em execução referentes à MS-442, MS-339, MS-243 somam R$ 16,6 milhões de investimento em estradas no Pantanal. “São recursos que o pantaneiro esperava e precisava para prosperar. A população é altamente dependente desses trechos”, sinaliza o presidente do MNP.
Mauro Azambuja Rondon Flores, diretor de manutenção de obras viárias da Agesul (DSMV), salienta que as obras vão mudar o cenário da pecuária em períodos de cheias. “Chega de carros atolados. Vamos melhorar o tráfego e atender uma demanda da agropecuária do estado. A lavoura está forte e avançando os custos da pecuária no planalto, melhorando a infraestrutura no Pantanal, melhoramos também as condições da produção, amenizando seus custos. Hoje em dia não tem estrutura para o gado, que chega a perder uma arroba por dia, na logística. Isso vai melhorar”, explica Mauro, ao lembrar dos dois maiores desafios da obra no Pantanal: o período de seca que viabiliza o trabalho, por somente 6 ou 8 meses, e a distância média das cascalheiras, cerca de 70 quilômetros das obras.

Segundo Ricardo Ximenes, DSMV da Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul), antes da execução de cada etapa da obra, é necessário o diálogo com os produtores rurais. “Eles são consultados para definirmos juntos o traçado do projeto, mas temos tido 100% de aceitação por parte da classe”, confirma.
Na MS 442 a obra é de implantação e pavimentação, envolvendo o distrito de Taunay, em Aquidauana. Já na MS 339 o trabalho é de recuperação e proteção do aterro às margens do Rio Miranda, municípios de Miranda. Em Corumbá a dedicação é na construção de pontes e galerias em concreto armado, na Rodovia MS-243, trecho entre a BR-262.
“Desde o primeiro mandato temos trabalhado neste ousado projeto do governador de interligar os pantanais da Nhecolândia, Paiaguás e Taquari, por conhecer as dificuldades e desafios que os pantaneiros enfrentam para criar gado nesta região de poucas estradas. Ao interligar essas importantes regiões produtoras, com a implantação da MS 228 e de outras vias de acesso [como a MS 214 e MS 243], que totalizam mais de 350 quilômetros de estradas no Pantanal, os produtores ganham mais facilidade para escoar a produção e receber insumos. Isso reduz o custo da produção e amplia a capacidade de investimentos, desenvolvendo cada vez mais a economia e o turismo da região”, destacou o Secretário de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel.

Além das obras em execução, outras estão aguardando abertura de licitação, como a implantação e pavimentação para acesso ao distrito de Piraputanga, nos municípios de Dois Irmãos do Buriti e Aquidauana. Também aguardando licitação para o projeto está o acesso ao Balneário Cachoeirão, no município de Terenos.
Estão em fase de projeto executivo a extensão da MS-214, o aterro e implantação de revestimento primário, que fará a ligação entre as duas maiores sub-regiões do Pantanal: Paiaguás e Nhecolândia, via Ponte do Rio Taquari. Operações semelhantes vão beneficiar a MS-228, Porto Esperança, Forte Coimbra e Naitaca.
Deixe seu Comentário
Leia Também
Condenações de padrasto, mãe e tia por estupro ultrapassam 138 anos de prisão
Conforme investigação, mãe e tia são coautoras do abuso que iniciou quando a menina tinha 7 anos e durou até os 19

Associação de Mulheres Produtoras da APA Baía Negra planeja ações para 2024
Pacientes que aguardam exames de ressonância magnética devem comparecer na Central de Regulação

Mega-Sena sorteia R$ 3 milhões neste sábado

IFMS abre seleção para cursos de qualificação profissional EAD

Advogados de Corumbá serão homenageados pelo Tribunal Regional do Trabalho
Vítimas de agressão física marcam plantão dos Bombeiros

Drone doado pelo Receita Federal tem diversas funcionalidades para os Bombeiros

Dois Bombeiros de Corumbá são homenageados com a medalha Dom Pedro II
