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Mulheres negras: história de grandes lutas e pequenas conquistas

08 março 2016 - 14h38Gesiane Medeiros
O dia internacional da mulher, quando se celebra as conquistas femininas de direitos e ascensão perante a sociedade, é antes de mais nada um momento de reflexão. A classe que há anos luta pelo reconhecimento e igualdade de gênero já pode celebrar algumas conquistas, ainda pequenas, quando comparadas há problemáticas como a maior jornada de trabalho e o salário inferior aos dos homens, mesmo quando desempenham funções iguais. Mas imagine que dentro dessa classe, existe um grupo que enfrenta duas grandes lutas simultaneamente, as mulheres negras, que todos os dias nadam contra a correnteza da discriminação racial e de gênero. O Capital do Pantanal conversou com a representante do movimento feminino negro de Corumbá, Ednir de Paulo, presidente do Instituto da Mulher Negra do Pantanal (IMNEGRA). A instituição completa 10 anos de luta e comemora conquistas importantes já obtidas na região, mesmo que ainda pequenas diante da magnitude da necessidade. “Nossa luta é para que sejamos enxergadas como parte do grupo, buscamos políticas públicas voltadas para geração de emprego e renda, queremos que a mulher negra esteja igualmente representada em trabalhos profissionais de campanhas publicitárias e em livros didáticos, por exemplo, que veiculem a imagem da mulher negra como profissionais bem sucedidos, não apenas a carnaval e festas”, ressalta Ednir.A instituição é a única do interior do Brasil que luta pela causa das mulheres negras, e uma de suas maiores conquistas, foi na cooperação para demarcar o dia 18 de novembro como o dia nacional da classe, a partir da marcha que aconteceu em Brasília no ano passado, onde o IMNEGRA esteve presente e militou junto com milhares de outras representantes de instituições e ONGs nacionais. Nessa oportunidade foi entregue para a presidência da república um documento com importantes considerações e reivindicações. O IMNEGRA auxilia mulheres negras de Corumbá a obterem independência financeira e valorização, muitas vezes diante da sua própria família, são mulheres que saem de uma situação de vulnerabilidade para uma ascensão pessoal e profissional. “Nós mulheres negras somamos as celebrações, porém vale ressaltar que na data de 8 de março de 1853, quando mulheres foram queimadas em uma fábrica de Nova York, lutando por seus direitos, ainda estávamos na senzala lutando por liberdade, que só veio em 1888, com a assinatura da Lei Aurea”, explica Ednir, apontando a dimensão da luta das mulheres negras. “Em Corumbá, tivermos um importante avanço e ganho de causa judicial, quando foi descoberto um caso de preconceito racial em uma importante e tradicional instituição religiosa de ensino, há pelo menos quatro a nos atrás, e hoje já observei pessoalmente a mudança nesta instituição especificamente, agora eles utilizam imagens de mulheres negras posicionadas de uma outra maneira, como universitárias e profissionais respeitadas, em seu material didático”, diz Ednir.

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