A SES (Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul) instituiu nesta quarta-feira (17) por meio de resolução em caráter emergencial o COE (Centro de Operações de Emergência) para o enfrentamento do Monkeypox, a varíola dos macacos. Em apenas 24 horas, o Estado registrou mais 9 suspeitas da doença.
De acordo com a resolução, o objetivo é promover resposta coordenada à doença, por meio da articulação e integração dos atores envolvidos com o tema. Isso porque em 19 de maio, o Ministério da Saúde do Brasil divulgou um Comunicado de Risco sobre o Monkeypox.
O Centro terá capacidade de ter uma estrutura organizacional que subsidiará a tomada de decisão da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul, por meio de análise de dados e informações, possibilitando assim, "a definição de estratégias e ações adequadas para o enfrentamento de emergências em saúde pública no âmbito estadual", segundo a resolução.
Farão parte do Centro:
1. Conselho Estadual de Saúde - CES;
2. Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Mato Grosso do Sul - COSEMS/MS;
3. Instituto Oswaldo Cruz - FIOCRUZ/MS;
4. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA/MS;
5. Universidade Federal da Grande Dourados – UFGD;
6. Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – UEMS;
7. Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS;
8. Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH;
9. Distrito Sanitário Especial Indígena – DSEI.
Assina a resolução, publicada no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira (17), o secretário de Saúde Flávio da Costa Britto Neto.
Surto de varíola em Mato Grosso do Sul
Com o passar dos dias, é notado o avanço da varíola dos macacos em Mato Grosso do Sul. Conforme boletim epidemiológico divulgado na terça-feira (16) pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), nas 24 horas antecedentes, o Estado registrou 9 novos casos suspeitos da doença, que chegam a um total de 33.
Até agora, 10 moradores já foram diagnosticados com a varíola dos macacos no Estado. Todos homens e metade deles com idade entre 20 e 29 anos. Outros 30% entre 30 e 39 anos e o restante entre 40 e 49 anos.
Ao analisar gráfico de notificações de casos suspeitos da doença, é possível notar que, em agosto, quase quadruplicou o gráfico de notificações dos casos suspeitos. Em julho, foram 14 e agosto já contabiliza 41.