Menu
domingo, 15 de junho de 2025
Pantanal Tec
Andorinha 77 anos - junho de 2025
Geral

Ministério da Educação vai liberar R$ 10 milhões para Museu Nacional

04 setembro 2018 - 09h13Agência Brasil

O Ministério da Educação vai liberar R$10 milhões para ação emergencial na segurança do prédio do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, na zona norte do Rio, que sofreu um incêndio, ontem à noite, e teve grande parte de seu acervo destruído. O ministro Rossieli Soares disse que os recursos vão sair do orçamento da pasta a partir de remanejamento.

“A gente vai encontrar a solução e fazer uns remanejamentos porque nesse momento é importante priorizar”, disse à Agência Brasil, destacando que o remanejamento não precisará passar por aprovação do Congresso.

De acordo com o ministro, o montante será transferido para a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), para agilizar a liberação que agora depende da apresentação de pedido da universidade.

Soares também informou como os recursos serão usados. “Vai ser preciso colocar andaime em toda a frente, fazer o cercamento em toda a extensão necessária do prédio, fazer a cobertura de tudo para que a chuva não prejudique, então, é uma grande estrutura para a proteção do patrimônio”.

Sobre a preocupação de pesquisadores dos escombros do prédio serem saqueados, o ministro informou que conversou, por telefone, com o interventor federal, general Braga Netto, e ficou acertado patrulhamento imediato da área em torno do museu pela Polícia Militar.

"A própria universidade aumentou a segurança privada da vigilância. A Polícia Federal fará também acompanhamento de tudo isso, lembrando que a liberação para a retomada do prédio é só a partir da entrega da Polícia Federal que vai fazer os laudos e as perícias para identificar o que aconteceu. Após a perícia é que a Polícia Federal devolverá a guarda do prédio para a universidade. Agora, o importante é manter a integridade do local. A gente não tem ideia do que aconteceu. Pode ter sido um incidente interno”, completou, acrescentando que quando o prédio for liberado, funcionários farão uma busca pelo o que restou do acervo. 

O ministro disse que vai buscar apoio de outras instituições, inclusive fora do país, para a cessão de peças que possam integrar o acervo do Museu Nacional. “A gente vai pedir apoio de todos, museus internacionais, quem sabe cedendo a parte de um acervo que esteja próximo ao que era o nosso acervo. Quiçá não teremos o apoio da Unesco e claro do Ministério da Cultura”.

Polícia Federal 

Já o superintendente da PF, Ricardo Saadi, disse à Agência Brasil que por enquanto o prédio ainda está sob responsabilidade do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil. E que os agentes ingressarão após a entrega do local para a PF. 

Saadi acrescentou que a orientação é não mudar a cena do local, com a retirada de peças dos escombros. “A orientação é que não se contamine a cena do incêndio, então, não se pode entrar mexer e tirar porque de repente prejudica a perícia”, disse, destacando que não é possível prever quanto tempo levará o trabalho dos peritos. 

Projeto executivo

O Ministério da Educação vai liberar ainda R$ 5 milhões para a elaboração do projeto executivo de recuperação do museu. De acordo com o ministro, ainda não há como estimar o tempo necessário para a conclusão do trabalho. Para fazer o planejamento da recuperação do museu, será criado um comitê executivo com integrantes dos ministérios da Educação e da Cultura, da UFRJ, do Iphan e da Unesco. 

Segundo o ministro da Educação, todas as medidas foram definidas em uma reunião com a presença ainda do ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, do reitor da UFRJ, Roberto Leher e do superintendente da Polícia Federal no Rio. O encontro ocorreu no prédio do Terceiro Comando Aéreo Regional, base da Aeronáutica, instalada ao lado do Aeroporto Santos Dumont.

Apoio das instituições privadas

O ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, lembrou que instituições privadas já manifestaram interesse em colaborar com a recuperação do museu. “Acho que seremos capazes de viabilizar essa obra que terá um custo vultuoso”, disse.

Sá Leitão comentou ainda que este ano foi a primeira vez que houve a apresentação por parte do Museu Nacional de realizar projetos com valores significativos com a utilização da Lei Rouanet, mas não houve a captação de recursos. “Porque isso não foi feito antes, a questão não deve ser endereçada ao Ministério da Cultura. A Lei Rouanet estava aí disponível poderia ter sido utilizada”, observou.

Para o ministro, o incêndio do Museu Nacional e as consequências com a perda de acervo histórico chama atenção para a necessidade de preservar outros espaços culturais do país. “É difícil encontra algo de positivo em uma tragédia como esta, mas se pudermos mudar a forma que temos aqui em nosso país de encarar a cultura e nosso patrimônio cultural e passarmos a valorizarmos mais não apenas em nível de governos, mas na sociedade e na mídia, será um ganho apesar de tudo que perdemos aqui”, disse.

Deixe seu Comentário

Leia Também

Plantão
Luto de três dias em Corumbá: médica morta em acidente atendia na rede municipal
Plantão
Prefeitura de Ladário decreta luto oficial de três dias após acidente fatal na BR-262
Plantão
Andrezza Felski é confirmada como vítima de acidente na BR 262
Aposta
Mega-Sena sorteia prêmio acumulado em R$ 100 milhões
Tempo
Fim de semana com sol, períodos nublado e possibilidade de chuva
Sábado tem máxima de 32°C e Domingo 29°C
Prestação de Serviço
Ação itinerante da Sanesul atende moradores de Ladário até 17 de junho
Esporte
Festival Paralímpico na Capital promove inclusão e incentivo ao esporte adaptado
Plantão
Banho em praça pública é destaque no plantão dos Bombeiros
Plantão
Idoso sofre ferimentos em atropelamento no Cristo Redentor
Tempo
Sexta-feira tem sol e elevação na temperatura
Corumbá e Ladário tem mínima de 15°C e máxima de 34°C

Mais Lidas

Plantão
Andrezza Felski é confirmada como vítima de acidente na BR 262
Cultura
Estreante no São João, Paixão Pantaneira promete inovar com coreografias estilizadas
Saúde
Ladário aplica primeira dose da vacina BCG
Economia
Aposentados não precisam acionar justiça por valores do INSS, diz AGU