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Geral

Implantação e restauração de rodovias do Pantanal avançam em várias frentes

24 julho 2018 - 10h16Kamilla Marques

Obra já licitada pelo Governo do Estado e com ordem de serviço, a implantação de revestimento primário em 40 km da rodovia MS-228, no Pantanal da Nhecolândia (Corumbá), aguarda apenas o fim da cheia na região para ser executada. Trecho arenoso, dificultando o acesso às fazendas, será compactado com cascalho (resíduos de minério), integrando a malha viária da maior planície alagável do mundo.

Com recursos do Fundo de Desenvolvimento de MS (Fundersul), a Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) implanta na região pantaneira o maior programa rodoviário do Estado, abrindo um corredor de produção (pecuária e turismo) de Coxim, ao Norte, a Porto Murtinho, no extremo Sudoeste. A meta do Governo é criar uma rota de 1.000 km, interligando dez municípios da planície e destinos turísticos como Bonito e Jardim.

O cascalhamento dos 40 km da MS-228, entre a Curva do Leque (trevo com a MS-184, conhecida como Estrada-Parque) e a Fazenda Alegria, beneficia uma região de alta produção pecuária e o ecoturismo. A Agesul estima que em agosto, com o solo seco, será possível implantar desvios nas pontes de vazão para transportar o minério. As pontes de madeira têm capacidade para apenas 1,5 tonelada. A obra foi contratada por R$ 7.957.098,88.

“O areião nesse trecho segura até carro traçado”, observou Cláudio Francisco do Carmo, o Quequé, 49, dono de restaurante, oficina mecânica e borracharia na Curva do Leque, onde mora há 27 anos. “Pra passar aqui tem que ser bom e teimoso no volante e conhecer esse pedaço de chão, mas com esse cascalho vai melhorar 100%”, aposta ele. Seu comércio serve de entreposto para embarque e desembarque de gado e suprimento para as fazendas.

Bonito-Nabileque

São várias frentes de obras em execução, incluindo revestimento e implantação de rodovias e construção de pontes de concreto e madeira. A partir de Bonito, está sendo pavimentado um trecho da MS-382, até a entrada à Gruta do Lago Azul, e segue com restauração até a ponte do Naitaca, no Pantanal do Nabileque, em Corumbá. Essa via se interliga à MS-458, acesso alternativo a Porto Murtinho, e à MS-195, entroncamento com a MS-243, na Fazenda Jatobá.

A partir desta propriedade, situada na beira do Rio Nabileque, a MS-243 se estendia por 89 km até a BR-262 (Guaicurus, em Miranda).  O Estado implantou mais 29 km da estrada, em direção ao Forte Coimbra (Rio Paraguai), com a ajuda dos fazendeiros, que assumiram os custos do serviço de aterro. A Agesul executou a parte de revestimento primário (cascalhamento) e abriu licitação para construção de três pontes de concreto, ao custo de R$ 2.746.869,41.

A implantação de trechos intransitáveis da MS-243, superando áreas alagadas e de brejo, gerou uma nova perspectiva econômica na região e, além de reduzir custos, os pantaneiros estimam o aumento da produção bovina a partir deste ano. “É a estrada do nosso sonho, nenhum outro governo olhou por nós”, sintetizou o produtor rural do Nabileque Antônio Albuquerque dos Santos, 75. “Nessa cheia tiramos o gado pelo cascalho, sem perdas.”

Corumbá-Rio Verde

Outro acesso restaurado na região foi a MS-325, entre a MS-243 e a BR-262 (Morro do Azeite, em Corumbá, a poucos metros da Estrada-Parque, pela MS-184). Desse trecho até a MS-228 são 40 km com manutenção permanente da Agesul, atendendo um dos principais destinos de ecoturismo do Estado. O cascalhamento dos 40 km da MS-228 garante acesso o ano todo a uma das maiores praças de leilões, com comercialização de cinco mil cabeças/mês.

Na outra ponta da MS-228 (Corumbá-Aquidauana), está em execução a implantação de 18 km, entre a Vazante do Castelo e a Fazenda Conceição, com 50% da obra concluída. Com ordem de serviço, serão implantados 65 km nas MS-228-MS-423, entre Morrinho, Fazenda Pica-Pau e Vazante do Riozinho, interligando também Rio Negro. O trecho Serra da Alegria-Morrinho (MS-423), de 33 km, em Rio Verde, foi concluída. Total de investimentos: R$ 25 milhões.

“A abertura dessas estradas, além de garantir o ir-e-vir na seca ou na cheia, vai diversificar a nossa economia, agregando pecuária e turismo dentro das propriedades”, aposta Luciano Leite, presidente do Sindicato Rural de Corumbá. “Muitas pousadas fecharam na Nhecolândia, por falta de acesso; mas agora podemos ofertar novos produtos e fortalecer nosso destino”, complementou João Venturini Junior, empresário de turismo na Estrada-Parque.

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