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Forte Coimbra cotado para Patrimônio Mundial da Humanidade

20 agosto 2018 - 10h28Sylma Lima
Ministro das Cidades Carlos Marun e o senador Pedro Chaves vieram exclusivamente para dar posse ao comitê. Foto: Sylma Lima

Conjunto de Fortificações do Brasil, inclusive no Mato Grosso do Sul, pode se tornar Patrimônio Mundial da Humanidade. Para fazer jus ao título, uma comitiva capitaneada pela presidente do Iphan – Instituto do Patrimônio Histórico; e pelo ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, instalou em Corumbá, neste sábado (18), o Comitê Técnico da Candidatura do Forte Coimbra.

A presidente do Iphan, Kátia Bogea falou que o Brasil concorre com 19 edificações – fortes e fortificações; construídas entre os séculos XVI e XIX, localizadas em todas as regiões do país. Existe dificuldade de emplacar uma candidatura, já que a UNESCO faz muitas exigências.

Kátia Bogea afirma que o evento em Corumbá fez um recorte que vai acontecer também em todas as fortificações. Destacou vantagens que o Forte de Coimbra tem no certame, em busca da indicação: paisagem em que está inserido, o Pantanal Sul-Mato-Grossense que já é ‘Patrimônio Natural da Humanidade’. A distância que faz descortinar beleza turística até a chegada. Engajamento da sociedade na campanha, razão do deslocamento da comitiva e a importância que o monumento histórico representa pela conquista do Novo Mundo.

Kátia aproveitou a ocasião para conversar com o prefeito Marcelo Iunes sobre obras do PAC das cidades históricas. Foto: Sylma Lima

‘Coimbra’ tem grande chance por ser o primeiro forte erguido por ordem da Coroa Portuguesa para guarnecer domínio às margens do rio Paraguai, a partir de 1775, aonde a iniciativa popular havia estabelecido, primeiro, a ‘estacada do Presídio de Nova Coimbra, sob invocação da Nossa Senhora do Carmo, cometendo erros geográficos que, afinal, se revelaram providenciais para construção do forte no local em que se encontra, ao invés de situá-lo em ‘Fecho dos Morros’, 44 léguas abaixo e na margem direita do rio Paraguai’. A posição contrariou instruções do então Governador e Capitão-General do Mato Grosso, Mathias Ribeiro da Costa. Mas, teve posição fundamental para consolidação da fronteira oeste brasileira, durante a Guerra do Paraguai, entre 1864 e 1870.

Em 1974, o Forte Coimbra foi tombado pelo Iphan. Atualmente, e, ainda administrada pelo Exército Brasileiro, a fortificação permite visitações aos antigos canhões, à vila de moradores e à gruta conhecida como ‘Buraco do Soturno’ ou ‘Gruta do Inferno’.

O Forte de Coimbra é o que reúne maiores predicados, inclusive méritos de guerra. Além dele, porém, a seleção inclui monumentos erguidos no território brasileiro desde o início da colonização: Forte de Santo Antônio da Barra, Forte São Diogo, Forte São Marcelo, Forte de Santa Maria e Forte de Nossa Senhora de Mont Serrat, na Bahia; Forte de Santa Catarina, na Paraíba; Forte de Santa Cruz, Forte São João Batista do Brum e Forte São Tiago das Cinco Pontas, em Pernambuco;  Forte dos Reis Magos, no Rio Grande do Norte; Forte de Príncipe da Beira, em Rondônia; Forte de Santo Antônio de Ratones e Fortaleza de Santa Cruz de Anhantomirime, em Santa Catarina; Forte de Santo Amaro da Barra Grande e Forte São João, em São Paulo; Fortaleza de São José, no Amapá; Fortaleza de Santa Cruz da Barra e Fortaleza de São João, no Rio de Janeiro.

O Forte de Coimbra é uma das edificações mais preservadas do país. Foto: Sylma Lima

Trajetória a percorrer

O Forte de Coimbra vem sendo trabalhado há anos.  É a primeira candidatura de ‘dominação do território e formação da Nação brasileira’. Vários países têm patrimônios de defesa: Índia, África, Portugal, mas, representam patrimônio de defesa de forma isolada. Não como o Brasil que apresenta uma série de 19 fortificações.

Cada país, entre os 191 que assinaram a Convenção do Patrimônio Mundial de 1972, só pode apresentar uma candidatura por ano. Na fila dos projetos brasileiros estão: o patrimônio cultural de Paraty, com previsão para 2019; em segundo lugar, o patrimônio ecológico do Sítio do arquiteto paisagista  Roberto Burle Marx, com previsão para 2020; os Lençóis Maranhenses, como patrimônio natural, para 2021, e, as Fortificações, com apresentação prevista para 2022. Quando todo o dossiê dos fortes estiver pronto, o comitê internacional visitará as 19 fortificações, inclusive o Forte de Coimbra.

O local está sob domínio do Exército Brasileiro e para se tornar patrimônio da humanidade terá que ter gestão compartilhada. Foto: Sylma Lima

Carlos Marun, ministro-chefe da casa de governo, concedeu entrevista ao Capital do Pantanal durante sua participação na solenidade que marcou a instalação do  Comitê Técnico da Candidatura do Forte Coimbra a Patrimônio Mundial da Humanidade. Veja entrevista na íntegra.

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