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Foragido denunciou promotor após receber ameaças

14 setembro 2018 - 08h58Correio do Estado

Único alvo da Operação Vostok que continua foragido, José Ricardo Gutti Gumari, conhecido como “Polaco”, já havia concordado em fazer delação premiada sobre os denúncias investigadas pela Polícia Federal, envolvendo o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que vieram a tona na última quarta-feira (12). Ameaçado de morte, ele recuou da decisão e ainda acusou de coação o promotor responsável pelo caso, Marcos Alex Vera, da 30º Promotoria de Justiça.

Documentos aos quais o Correio do Estado teve acesso demonstram que no dia 20 de abril deste ano, Polaco encaminhou ao Ministério Público Estadual, Federal e à Superintendência da Polícia Federal uma ‘proposta de colaboração premiada’.

No documento, o corretor de gado alegava que tinha ciência das investigações que apontavam que ele seria operador de valores “em nome de autoridade que detém função pública relevante e de comando no Estado”, e que a ideia da colaboração surgia “no sentido de auxiliar os representantes do Ministério Público a identificarem os valores decorrentes de lavagem de dinheiro e outros crimes”.

Polaco afirmava ainda que tinha notas fiscais, bem como cheques e bilhetes manuscritos que indicariam com segurança a participação do chefe do executivo, Reinaldo Azambuja (PSDB), e pelo menos um dos filhos dele, num esquema de corrupção e lavagem de dinheiro, e assegurava que estava se dispondo a delatar os ex-aliados de forma voluntária.

RECUO

Ocorre que , quatro meses após a apresentação proposta, já no dia 26 de julho, Polaco voltou atrás. Apresentou um segundo documento, desta vez endereçado ao Procurador Geral de Justiça de Mato Grosso do Sul (PGJ-MS) e ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), acusando o promotor Marcos Alex Vera de coági-lo a entregar o esquema.

“Diante das insistência do promotor de que eu (José Ricardo) estaria envolvido, e que a única maneira de me ver livre da cadeia e de outros infórtunios que seguramente viriam, aconselhou-me a delatar outras pessoas. Com a  evidente finalidade de me pressionar, chegou a me fornecer cópia de parte de procedimento, por eLe conduzido, onde, segundo o promotor, teria apurado ou estaria em curso, suspostas ordem de tirar minha vida através de pistoleiros contratados”, relatou o corretor.

No documento, Polaco revela ainda que de fato assinou documento se colocando a disposição para delação, no entanto, “o documento teve que ser enviado para Brasília/ DF, pois a autoridade que deveria responder sobre a suposta proposta de colaboração deveria ser a Procuradoria da República”, que até então, não havia dado nenhuma resposta.

“Não aceitei iniciar a colaboração sem que fossem oferecidas as benesses da lei. Este fato não foi bem visto pelo promotor de justiça Marcos Alex. Desde então minha vida tem sido sofrimento e de medo. Tenho recebido inúmeras ligações no sentido de que minha vida corre risco, pois pessoas querem em eliminar. Não sei se esta notícia é verdadeira ou algo inventado, mas isso passou a ocorrer depois que me neguei a dar um depoimento antes da resposta de Brasília”, declarou Palaco.

“USOU DE JORNALISTA”

Na representação de dez páginas, o corretor de gado afirma que também foi coagido por um jornalista: “Minhas suspeitas de que o promotor (Marcos Alex) teria algo a ver com esses fatos, ameaças de morte e de prisão, vieram a se confirmar comas várias ligações e mensagens recebidas de um jornalsita ligado à Rede Globo de televisão, que não sei como, toma conhecimento de tudo que ocorre no processo que diz respeito a investigação sobre minha pessoa”.

Consta no processo uma mensagem que, supostamente, o jornalista teria enviado a Polaco, com o seguinte texto: “se quiser conversar, eu te ligo por aqui, porque what-sapp não tem como grampear, e eu te explico tudo. Não precisa me contra nada, não é isso que busco. Eu já sei de tudo e tenho provas. Estou aqui porque quero ver a verdade revelada”.

E continua: Quando quiser falar, se quiser, é só avisar. Meu nome é... eu te ajudei a intermediar as conversas que você teve com a PF e o promotor. Fui eu que levei as informações para pessoas de sua confiança para que você ter vindo aqui. Sou jornalista. Se quisesse já poderia ter dado toda a história, mas estou segurando para que tenha um desfecho melhoe”, conclui.

No texto, Polaco reforça procurou a PGJ-MS e o CNMP como um “pedido de socorro”, porque o promotor insistia que ele comparece para ser ouvido, porém, não de forma oficial, sendo que nunca o intimou, apenas por meio do contato com o advogado dele ou pelo celular, o que já estaria lhe causando problemas de saúde.

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