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Feriado prolongado sugere um novo turismo: vivenciar a cheia no Pantanal

28 abril 2018 - 09h24Portal do Governo de Mato Grosso do Sul

Com previsão de tempo seco e muito calor para os próximos dias, o feriado prolongado até 1º de maio, Dia do Trabalhador, é uma ótima oportunidade para viajar em família e conhecer os encantos de Mato Grosso do Sul. Com abundância em água, o Estado apresenta uma variedade de atrativos o ano inteiro, como pesca esportiva, trilhas a pé ou de bike, cachoeiras, escaladas, grutas, fortificações e passeios de barco e bote por rios cênicos.

Neste período do ano, uma das opções sugeridas pelos municípios que integram o Pantanal e também por agentes de viagem é vivenciar o fenômeno natural da cheia, que está em formação no bioma e tem seu pico em junho ou julho. A chegada das águas, inundando grande parte do Pantanal, não é sinônimo de catástrofe; é a renovação da vida selvagem, que culmina com o acasalamento dos animais, formação de ninhais e dos campos, a floração dos ipês.

Passeio de bike na Estrada Parque de Piraputanga, em Aquidauana. Foto Divulgação.

Turismo diferenciado

Um dos melhores lugares para se aventurar nestas águas, que criam um atrativo diferenciado no Pantanal, é a Estrada Parque, em Corumbá, formada pelas rodovias MS-184 e MS-228. A unidade de conservação corta os pantanais da Nhecolândia e Abobral, uma das regiões com maior biodiversidade do ecossistema e também boa estrutura hoteleira. A baixa declividade local favorece as inundações, influenciadas pelos rios Paraguai, Miranda e Aquidauana.

“A cheia é o diferencial do nosso turismo, um atrativo muito grande”, diz o empresário João Venturini, um dos pioneiros na atividade no Pantanal, hoje trabalhando com pesca e ecoturismo. “A cheia é uma necessidade, ela limita a pecuária, uma das nossas economias, mas cria uma beleza natural sem igual, que vale a pena ser contemplada”, observa o empresário. “Pantanal sem água não é Pantanal, a seca acaba com tudo, gera até êxodo.”

Concentração de jacarés em lagoa margeando a Estrada Parque de Corumbá. Foto: Edemir Rodrigues

A Estrada Parque, com extensão de 60 km entre a BR-262 (Buraco da Piranha) e o Porto da Manga (Rio Paraguai), conta com pousadas, hotéis-fazendas e pesqueiros, alguns concentrados na comunidade chamada Passo do Lontra, onde passa o Rio Miranda. Em processo de vazante, as águas cristalinas cruzam dezenas de pontes de madeira, pelas quais se observa aves e animais. Parada obrigatória para uma pescaria.

Compras na fronteira

A estrada de terra tem manutenção periódica pelo Governo do Estado e o acesso está liberado até o entroncamento da MS-184 com a MS-228 para veículos de passeio. Adiante, por mais 18 km, parte da pista está submersa com o transbordamento do rio Paraguai, dificultando a chegada à Manga. “Em alguns trechos a água sobre a estrada tem uma lâmina de meio metro”, alerta Luiz Mário Anache, da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos).

Cachoeira da Boca da Onça, em Bodoquena: região amplia seus atrativos aquáticos. Foto Divulgação

Do leito da Estrada Parque se observa o comportamento da água e a movimentação dos bichos, mas a estrutura turística local oferece pacotes especiais, que incluem safaris, em carros altos e com guias, e cavalgadas. Esta atividade é ideal para observar a fauna. Na cheia, os animais, incluindo a onça-pintada, se concentram nas cordilheiras (áreas mais altas) e o passeio a cavalo leva o turista a um contato mais próximo com esse ambiente surpreendente.

Ainda em Corumbá (distante 420 km a Oeste de Campo Grande), o visitante tem um leque de opções, como: pesca esportiva em botes ou barcos-hotéis e tour pelo centro histórico da cidade. Outra opção para o feriado prolongado é a compra na fronteira, em Ponta Porã. A pesca esportiva é um dos principais atrativos de Miranda, Aquidauana, Porto Murtinho e Coxim, cuja piscosidade de seus rios atrai pescadores de todas as regiões do Brasil.

Rio Formoso, Bonito, ideal para flutuação, um verdadeiro aquário natural. Foto: Fundtur-MS

As águas da Bodoquena

A pesca na bacia do Rio Paraguai é liberada de 1º de março a 5 de novembro, à exceção dos rios onde permanentemente é proibida, sendo permitida por pescador amador a cota de captura de dez quilos e mais um exemplar de qualquer tamanho (desde que não seja inferior à medida definida para cada espécie), e ainda cinco piranhas. O pescador deve portar sua licença de pesca, caso contrário será autuado pela Polícia Militar Ambiental (PMA).

Conforme a legislação, a pesca não é permitida em qualquer natureza (exceto para pesquisa científica autorizada) nos rios Salobra (municípios de Miranda), da Prata (Bonito e Jardim) e Nioaque (Nioaque e Anastácio) e no córrego Azul (Bodoquena). A pesca amadora e profissional é proibida a menos de 200 m de cachoeiras, barragens, corredeiras e escadas de peixes. O pesque-solte é permitido nos rios Perdido, Abobral e Negro (em trecho limitado).

Sete Quedas, em Rio Verde: boa estrutura de lazer e hospedagem em família. Foto: Chico Ribeiro

As formações rochosas, as cachoeiras e a água cristalina de seus rios tornaram a região da Serra da Bodoquena um dos principais polos de ecoturismo do mundo, atraindo milhares de turistas a Bonito, Bodoquena e Jardim. Outros municípios despontam para esse turismo de natureza, como os da região Norte, destacando-se Costa Rica, e vale a pena visita-los. O mapa turístico elaborado pela Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur-MS) inclui 47 municípios.

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