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Empreendedorismo feminino é destaque em painel da Rota do Desenvolvimento

16 março 2016 - 13h01Gesiane Medeiros
A noite desta terça-feira (15), primeiro dia da 5° edição da Rota do Desenvolvimento, foi de brilhantismo para as mulheres empreendedoras. A sala de cinema do Sesc, no Porto Geral, servil de palco para quatro mulheres convidadas, dignas de muitos aplausos. Os 160 participantes, em grande maioria do público feminino, pode se inspirar pelas histórias de batalhas e vitórias no mundo dos negócios, a oportunidade também foi de reflexão, pelos ainda tão presentes casos de violência contra a mulher no Estado. A mediadora do painel, Maristela França, comandou as sessões de perguntas as quatro convidadas, entre elas: a Vice-Prefeita de Corumbá e Presidente da Fundação de Meio Ambiente, Márcia Rolon; a Presidente da Associação Empresarial de Aquidauana, Rita Maluf; a Empresária Corumbaense classificada para o PSMN 2015, Jeice Freitas e a Subsecretária de Estado de Políticas Públicas para Mulheres, Luciana Azambuja. Maristela França é diretora do Sebrae MS e conversou com o Capital do Pantanal antes de iniciar o painel, “o evento já é realizado no Estado há dois anos e meio e vem tomando uma grande proporção. Nosso objetivo é que as mulheres descubram seu real potencial, trabalhamos muito na complementariedade entre os gêneros, e não no certo e errado, melhor e pior, homens e mulheres trabalhando juntos avançam e inovam por um mundo melhor”, afirma a diretora.Entre as três rodadas de perguntas, as convidadas puderam mostrar diferentes faces da mulher, a que cuida da casa, esposa, mãe e empresária de sucesso. Márcia Rolon, que ficou emocionada em alguns momentos falou com sinceridade dos períodos difíceis atravessados junto com a família quando ainda era jovem, e como teve o exemplo de sua mãe, que criou todos os filhos com maestria após uma crise financeira familiar. A atual Vice-Prefeita do município, explicou que não planejou se tornar política, “nunca almejei tal cargo público, fui convidada e aceitei pelo motivo de assim aumentar minhas chances de ajudar o próximo e gerar uma onda do bem ainda maior”, disse Márcia. Segundo pesquisa comentada por Maristela França, entre os fatores que fazem a mulher se tornar empresária, o último é o lucro, “as mulheres colocam o dinheiro como uma consequência do negócio, não que elas o dispensem, mas geralmente entram em um desafio pela realização pessoal, possibilidade de trabalho social e ganho pessoal”, afirma a diretora do Sebrae MS. Rita Maluf, é a única mulher presidente de uma Associação de Comércio no interior de MS, e também proprietária de empresa que herdou da família ainda jovem. “Houve momentos em que achei que iria falir de vez com o negócio da família, mas aos poucos as coisas foram se encaixaram. Não planejei ter um cargo de tanta responsabilidade como o que ocupo agora na Associação Comercial de Aquidauana, mas aconteceu e os desafios são vencidos dia após dia”, relata Rita.A empresária local, Jeice Freitas, proprietária da funerária Cristo Rei, mostrou como é difícil vencer no mundo dos negócios, mas que acredita que a mulher tem uma capacidade de gerenciamento diferente, “herdei a empresa do meu pai, e decidi continuar o sonho dele, consegui modernizar a estrutura e aumentar a empresa, hoje geramos quase 50 vagas de emprego na cidade e sempre afirmo que trabalhamos com a vida, não com a morte. Nosso trabalho é entregar o melhor serviço para quem nos procura em um momento tão difícil”, explica a empresária. Luciana Azambuja, subsecretária de Estado de Políticas Públicas para Mulheres, é advogada e afirmou que assim como as colegas convidadas, também não tinha em seus planos se tornar política, mas que hoje é uma das grandes incentivadoras para que a classe se integre aos cargos públicos, “somos mais da metade da população do Estado e mesmo assim ocupamos um número mínimo de cadeiras na política, precisamos ser representadas por mais mulheres”, disse a Luciana, que também fez questão de alertar para um dos temas mais trabalhados pela subsecretaria, a violência contra mulher, “infelizmente essa ainda é uma realidade muito viva em nosso Estado. Trabalhamos para que as mulheres tomem ciência da sua força e do seu empoderamento, para que se tornem independentes de seu agressor. Hoje Mato Grosso do Sul é o 9° Estado mais violento e o 2° em casos comprovados de estupro, já caímos duas posições entre os mais violentos, mas nosso objetivo é cair ainda mais”, relata Luciana.

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