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Empoderamento do racismo abriu grave precedente nas condutas contra os negros, diz Ednir de Paulo

20 novembro 2021 - 11h28Sylma Lima

O jornal Nacional da Rede Globo de Televisão exibiu na noite desta sexta-feira,19, matéria sobre a detenção de um digital influencer negro, quando saia de uma loja no Rio de Janeiro. Ele foi abordado de forma intimidadora e questionou a legitimidade da ação, atitude que o levou preso. O jovem questionava porque tinha que apresentar os documentos se não havia praticado nenhum delito. A polícia justificou que ‘era conduta usual’, mas a prisão do trabalhador de 31 anos, gerou revolta e protestos nas redes sociais. 

 Segundo a presidente do Instituto de Mulheres Negras do Pantanal Ednir de Paulo, com o afrouxamento das políticas públicas contra o racismo e preconceito houve um aumento de casos em todas as esferas, “fazem vistas grossas para essa situação. Posso dizer que empoderaram os racistas. Houve sim um retrocesso nas nossas lutas. È preciso mudar essa história através do respeito a dignidade da pessoa humana”. 

No dia da Consciência Negra, Ednir diz que , “a luta pela dignidade as pessoas é constante,  as  ações para a população negra foram muitas nessa década, saúde, educação, visibilidade de mídia. Entretanto, o artigo 140, que foi inserido no Código Penal Brasileiro orientou ações de defesa da comunidade negra”. 

Como exemplo ela citou um caso pessoal. “Aconteceu comigo na Câmara Municipal de Corumbá,quando me disseram que não poderia ocupar o cargo de Chefe de Almoxarifado, por ser negra e, ainda me chamaram de "galinha de macumba". Essa Lei veio evoluindo, e penalizando racistas com penas mais rígidas, quando o senado aprovou o  projeto que classifica injúria racial como racismo”, disse enfatizando que infelizmente ainda hoje precisa de conscientização da população brasileira, “e não colocar a cor da pele negra como bandeira partidária”. 

Para Ednir os órgãos que abordam a questão, em todos os sentidos, precisam trabalhar mais a questão humana, “ainda hoje nos deparamos com abordagens racistas, e tratamento com muita violência, tanto física, como psicológica. Em Corumbá, região onde teve escravizados, temos  71% de afrodescendente e  instituições em defesa dessa população, como o Instituto da Mulher Negra do Pantanal -IMNEGRA, que identificou e organizou as comunidades remanescente de quilombo: ACTHEO, AQUIRRIUS E CAMPOS CORREA. O fórum de Mulheres Negras,  que representa a sociedade civil, e temos a coordenadoria de igualdade racial, por parte do Governo municipal”. 

Mas ainda assim ela diz que falta muito. “Com a luta que vem travando, junto ao MPF, Defensoria do Estado, pela melhorias, onde envolve a comunidade Quilombola Campos Correia, que não tem regularidade a água e energia e coleta de lixo. Temos o processo de moradia embargados no seu território, comunidade ACTHEO, com sua área Quilombola invadida e Comunidade AQUIRRIUS, ainda com todo o esgoto da cidade, passando e destruindo toda a área plantada. Nota-se claramente a ausência de políticas públicas por parte do governo municipal que não dá o devido trato  nas garantias de direito dessa população. Ainda precisamos evoluir para que possamos viver em um país com igualdade de oportunidades”. 

 
 

 
 

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