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Embrapa e parceiros analisam ajustes para concessão de financiamento a produtores rurais

27 junho 2017 - 08h40Redação

O Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste foi o tema de uma reunião realizada este mês na Embrapa Pantanal entre dirigentes da unidade de pesquisa, Sindicato Rural de Corumbá e unidade do Banco do Brasil em Corumbá (MS). Conhecida como FCO, a linha de crédito é reservada a investimentos em áreas produtivas como a pecuária, indústria, comércio e turismo. No encontro, os representantes discutiram possíveis aprimoramentos das condições que determinam a concessão do financiamento a produtores rurais da região.

Reunião ocorreu com a presença do presidente da Embrapa Pantanal, do Sindicato Rural de Corumbá mais representante do Banco do Brasil. Foto: Nicolli Dicoff

“Os juros são subsidiados, há prazos longos para pagamento e um período razoável de carência, o que também é importante. São boas alternativas para o empresário, seja ele rural ou de outros setores, fazer um investimento e conseguir pagá-lo ao longo do processo produtivo”, diz Marcelo Freire de Paula, gerente geral da unidade do Banco do Brasil em Corumbá. Durante a reunião, os participantes discutiram a exigência, por exemplo, do uso de pastagens de alta qualidade no campo (como as braquiárias geneticamente melhoradas) para a concessão do crédito aos pecuaristas – e a aplicação desse requisito à realidade do Pantanal.

“O uso dessa gramínea tem por objetivo a melhoria tecnológica. No entanto, aqui na nossa planície, há algumas particularidades. Os produtores e os próprios dados da Embrapa mostram que é exatamente a integração entre pastagens nativas e cultivadas que leva ao melhor desempenho. Então, em muitos casos é desejável que a pastagem nativa não seja trocada. Em outros, é desejável que a cultivada avance. Entender que o Pantanal não é um espaço homogêneo e sim um conjunto de microrregiões é uma demanda muito clara para a região”, afirma Jorge Lara, chefe-geral da Embrapa Pantanal.

Para o presidente do Sindicato Rural de Corumbá, Luciano Leite, o diálogo entre as instituições favorece a criação de uma abordagem mais completa do setor produtivo pantaneiro e suas características dentro das condições do financiamento, de forma a fazer com que os termos de aprovação incluam aspectos da realidade local. “Em cinco anos dentro do Sindicato Rural, nunca tivemos a oportunidade de estar junto à Embrapa Pantanal e ao Banco do Brasil para definir, principalmente, a liberação dos investimentos do FCO dentro do município de Corumbá para a pecuária pantaneira”.

A linha de crédito disponibilizada pelo Banco do Brasil tem disponível, de acordo com Freire, cerca de R$ 2,3 bilhões para o estado de Mato Grosso do Sul atualmente. “No Pantanal, você pode ter uma gama de financiamentos. Eles podem ser usados para construir cercas, adquirir materiais, mangueiros e podem servir também para a retenção de matrizes – que é um grande negócio para o Pantanal. Nesse caso, o produtor contrata uma linha de crédito que pode ter até três anos de carência, oito anos de prazo total, em que ele está sendo financiado para não vender as suas matrizes”, afirma.

Como forma de subsidiar as normas que regem esse financiamento, a unidade de pesquisa da Embrapa no Pantanal deverá reunir dados sobre a atividade pecuária local e discuti-los com o Sindicato e o Banco do Brasil, de acordo com o chefe-geral da instituição. “A pesquisa é uma ferramenta e o resultado técnico obtido por meio dela é que indica uma determinada característica ou recomendação. Quando o gestor tem dados técnicos de qualidade, ele tem uma maior segurança para que as decisões sejam tomadas no sentido de ajudar o maior número possível de pessoas, minimizando os erros”.

Jorge Lara diz, ainda, que a reunião abordou outras áreas produtivas que também podem se beneficiar do financiamento na região, como a pecuária leiteira e a agricultura familiar. “É preciso sensibilizar os atores da cadeia sobre a necessidade de se considerar as particularidades do Pantanal”. Luciano Leite ressalta que facilitar o acesso à linha de crédito no Pantanal é um estímulo à manutenção dos investimentos no município, aumentando a arrecadação dentro do estado. “Nós viemos atuando para aumentar essa liberação de investimentos do FCO”, afirma. “Estamos prontos para trabalhar todos juntos, envolvidos, para o aumento da eficiência produtiva que vai ajudar a manter o homem dentro do campo”.

 

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