Em Corumbá, mais de 800 foram as ruas protestar contra a corrupção neste domingo
14 março 2016 - 13h37Gesiane Medeiros
Este domingo (13) foi de grandes passeadas e manifestos em mais de 400 cidades no país e exterior. Os brasileiros se reuniram para mais uma vez gritar um basta a corrupção política no Brasil. Esta já é a quinta edição do movimento “Vem pra rua!”, iniciado no ano passado, e Corumbá participou desde a primeira passeata, mesmo que em número absurdamente pequeno de participantes. Segundo os organizadores do evento, neste domingo, mais de 800 pessoas e 60 veículos caminharam juntos pelas ruas de Corumbá com cartazes de protesto à atual presidente, Dilma Rousseff, ao Partido dos Trabalhadores e também em apoio as investigações da operação Lava a Jato e ao juiz Sérgio Moro.
A concentração foi na rua Ladário, cruzamento com a América, aos poucos famílias inteiras chegavam e se uniam aos organizadores do movimento, que distribuíam cartazes de protesto e adereços. Em grande maioria as cores verde e amarela imperavam entre os participantes. A manifestação foi totalmente pacífica, sem nenhum registro de confusão, acompanhados pela Agetrat e Polícia Militar os integrantes caminharam até o prédio da Polícia Federal, onde cantaram o hino nacional e seguiram até a avenida Marechal Rondon, local escolhido para a dispersão.Elano Holanda, líder do movimento em Corumbá, conversou com o Capital do Pantanal, para ele o momento é do Brasil, “todos estão conscientes de que a coisa não está bem do jeito que está, a justiça tem que atuar, se tem corrupção é necessário punir. Sem justiça não há ordem, por isso carregamos a faixa, ‘Ordem e Progresso com justiça e sem corrupção’. O líder afirma ainda que não somente em Corumbá como em todo o páis, a participação da população ainda é pequena, “somos milhões de brasileiros, e não vemos um grupo realmente participativo nas ruas. A população corumbaense sempre esteve mais distante das atividades políticas, talvez pela simplicidade do povo ou até mesmo por acreditar em seus governantes. A culpa não é do povo, vota-se acreditando que o eleito irá defender nossos direitos. Precisamos lembrar que o poder emana do povo. O Brasil está sendo desmoralizado internacionalmente, e a manifestação é uma forma de fortalecer as instituições sérias para que elas consigam reestabeleçam o governo”, afirma Elano.
Para a empresária Celina Dias, uma das primeiras a chegar ao ponto de concentração, “o povo precisa se conscientizar da força que tem, infelizmente ainda tem muitos que ficam sentados no sofá, o Brasil precisa acordar, porque a situação é vergonhosa. As pessoas que acordam cedo, trabalham, pegam ônibus lotado, que ficam anos aguardando uma cirurgia merecem mais respeito. Acredito que a partir do momento que o povo se conscientizar que o dinheiro público é nosso, teremos uma reviravolta”.Foi fácil encontrar entre os participantes famílias inteiras, com crianças e até bebês, como o caso de Vânia Ramirez, que junto com o marido levou os filhos de 7 e 5 anos, mais o bebê de 5 meses, para o protesto, “é importante fazer parte do movimento, o Brasil está se acabando e se não fizermos nada o futuro dos nossos filhos estará perdido, temos que ensinar a eles que devem gritar quando for necessário”, afirma a mãe.
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