O setor industrial de Mato Grosso do Sul, que é composto pelas indústrias de transformação, de extrativismo mineral, de construção civil e de serviços de utilidade pública, já registra saldo positivo de 2.722 novos postos de trabalho no período de janeiro a setembro deste ano, resultante de 44.386 contratações e 41.664 demissões, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems. Além disso, somente em setembro, o saldo positivo é de 575 vagas, resultado de 4.524 contratações e 3.949 demissões.
Segundo o presidente da Fiems, Sérgio Longen, em termos de contratação de trabalhadores, o número de vagas abertas pela indústria já é significativo em nível de Brasil. “Muitas pessoas podem pensar que mais de 2,7 mil vagas diretas no setor em nove meses não é grande coisa, mas é sim muito significativo, até porque Mato Grosso do Sul lidera no ranking nacional da contratação na indústria em um ano de crise”, analisou.
Ele ressalta que esse avanço na abertura de vagas pelo setor industrial é um trabalho que também deve ser levada em consideração a parceria junto ao Banco do Brasil. “Estamos falando hoje de praticamente R$ 2,4 bilhões de liberação de recursos em 2018 e metade desse valor é para o setor empresarial, o que mostra a pujança do Estado e a consolidação de um importante setor da nossa economia que é a indústria”, afirmou.
Sérgio Longen reforça que esse é o trabalho do Sistema Fiems: identificar o potencial do Estado, buscar as empresas, ir atrás dos recursos para que as empresas se instalem aqui, garantir um incentivo fiscal transparente e que dê segurança jurídica aos empresários e qualificar a mão de obra para a operacionalização das fábricas. “O saldo positivo na geração demostra que esse conjunto de ações que foram feitas em parceria com o Governo do Estado, com o Banco do Brasil e com as prefeituras tem dado certo”, avaliou.
Os dados
Para o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, enquanto no mês de setembro os maiores saldos foram nas indústrias de alimentos e bebidas (+420), mecânica (+77), têxtil, confecção e vestuário (+72) e serviços industriais de utilidade pública (+61).), nos primeiros nove meses deste ano os maiores saldos foram nas indústrias química (+920), alimentos e bebidas (+715), da construção (+593), metalúrgica (+195), da madeira e do mobiliário (+149) e extração de minerais (+114).
“O conjunto das atividades industriais em Mato Grosso do Sul encerrou o mês de setembro de 2018 com 123.042 trabalhadores empregados, indicando elevação de 0,54% em relação a agosto, quando o contingente ficou em 122.384 funcionários. Atualmente, a atividade industrial responde por 19% de todo o emprego formal existente em Mato Grosso do Sul, ficando atrás dos setores de serviços, que emprega 191.525 trabalhadores com participação equivalente a 29,6%, da administração pública, com 133.907 empregados ou 20,7%, e do comércio, com 125.771 empregados ou 19,5%”, detalhou Ezequiel Resende.
Detalhamento
Em Mato Grosso do Sul, de janeiro a setembro de 2018, 130 atividades industriais apresentaram saldo positivo de contratação, proporcionando a abertura de 5.231 vagas com destaque para a fabricação de álcool (+910), construção de edifícios (+705), obras de engenharia civil não especificadas anteriormente (+543), abate de suínos, aves e outros pequenos animais (+302) e fabricação de produtos de carne (+173). Por outro lado, 83 atividades industriais apresentaram saldo negativo, provocando o fechamento de 2.509 vagas com destaque para obras para geração e distribuição de energia elétrica e para telecomunicações (-512), construção de rodovias e ferrovias (-392), montagem de instalações industriais e de estruturas metálicas (-198) e confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas (-168).
Em relação aos municípios, constata-se que em 51 deles as atividades industriais registraram saldo positivo de contratação de janeiro a setembro de 2018, proporcionando a abertura de 4.508 vagas, com destaque para Campo Grande (+1.620), Naviraí (+443), Paranaíba (+241), Ponta Porã (+219), Dourados (+179), Aparecida do Taboado (+146), Sidrolândia (+134), Eldorado (+132), Maracaju (+122), Nioaque (+107) e Chapadão do Sul (+105). Por outro lado, em 25 municípios as atividades industriais registraram saldo negativo, provocando o fechamento de 1.786 vagas, com destaque para Três Lagoas (-523), Cassilândia (-357), Angélica (-273), Água Clara (-197) e Corumbá (-110).