Menu
domingo, 16 de novembro de 2025
UEMS - Processo Seletivo
Andorinha - WhatsApp
Geral

Dólar reage a cenário turbulento e ultrapassa R$ 4 em 2015

31 dezembro 2015 - 10h02Redação
O dólar oscilou constantemente em 2015 e bateu recordes, reagindo às incertezas políticas e econômicas do país e à conjuntura internacional A moeda iniciou o ano perto dos R$ 2,70. Em março, já havia ultrapassado R$ 3 e, em junho, operou acima dos R$ 3,10. No dia 22 de setembro, o dólar fechou acima dos R$ 4 pela primeira vez na história. No dia 24 do mesmo mês, chegou a R$ 4,24, outra máxima histórica, e depois recuou, encerrando o pregão a R$ 3,9914. Em dezembro, a moeda seguiu em alta e superou R$ 3,90 em alguns pregões. O economista Luciano D'Agostini, do Conselho Federal de Economia (Cofecon) e pós-doutorando na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), explica que, no cenário doméstico, o dólar, valorizado em 2015, teve relação com as dificuldades de implementação do ajuste fiscal. “O ajuste não deu certo porque parte dele não foi aprovada pelo Congresso. A entrega do objetivo não foi cumprida. Com isso, as agências de classificação de risco começaram a rebaixar as notas de crédito do país”, ressalta. Nesse quadro, diz, a crise política mostrou-se decisiva. Segundo o economista, além de ter travado a aprovação do ajuste, a crise criou um cenário de dúvidas. “Deflagrou-se uma crise política, que também contribuiu para o câmbio subir. É uma variável, embora a gente não consiga medir o impacto disso na economia. Um processo de impeachment [aberto contra a presidenta Dilma Rousseff] é um risco para o país. A [operação] Lava-Jato também, pois você tem uma quebra de confiança nas instituições”, comenta. Juros Do lado internacional, dois fatores pressionaram o câmbio em 2015, na avaliação de Luciano D'Agostini. Um foi a possibilidade de um aumento dos juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano). O temor acabou se concretizando somente em dezembro, quando o Fed anunciou alta de 0,25% nas taxas de juros de referência. No entanto, ao longo de todo o ano, o mercado foi afetado pela expectativa. “O mercado financeiro faz uma antecipação de fenômeno e estava esperando durante o ano. A expectativa e a efetivação do aumento contribuíram para depreciação do real frente ao dólar”, diz Luciano D'Agostini. O outro fator externo que contribuiu para a depreciação do real, segundo ele, foi a desaceleração do crescimento na China. “Isso causou impacto nos países Brics [grupo de países em desenvolvimento formado por Brasil, Índia, China e África do Sul]”, explica o economista. Para ele, houve valorização do dólar ante as moedas de todos os países do grupo. Sobre o real, o efeito foi mais forte, devido aos problemas internos do Brasil. Em 2016, o economista não vê o dólar recuando. Ele lembra que o Brasil sofreu rebaixamento da Standard&Poor's e da Fitch no segundo semestre, e que os efeitos dessas decisões devem se prolongar pelo ano que se inicia. Além disso, diz, as questões fiscal e política não se resolveram. “O problema fiscal continua [em 2016] e será mais grave. O impeachment vai se prolongar. Não há mudança estrutural na macroeconomia, um plano de desenvolvimento. Ao mesmo tempo, do lado da política monetária americana, continua o movimento de valorização do dólar perante muitas moedas internacionais. Você vai ter mais uma ou duas rodadas de depreciação do real”, acredita.  

Deixe seu Comentário

Leia Também

Polícia
Operação desarticula quadrilha de tráfico animais silvestres em Bodoquena
Tempo
Defesa Civil alerta para tempestade entre domingo e segunda em MS
Tempo
Fim de semana com tempo instável em Corumbá e Ladário
Sábado tem máxima de 33°C e domingo de 37°C
geral
Mega-Sena sorteia prêmio de R$ 100 milhões
geral
18ª Brigada de Infantaria de Pantanal abre licitação para aquisição de materiais
Feminicídio
Justiça condena homem que tentou matar mulher e enteado em Corumbá
Jaraguari
Menino de 8 anos morre afogado ao cair em um buraco durante a chuva
Plantão
Mulher escorrega no chão ensaboado e fratura braço e clavícula
Plantão
Motociclista fica inconsciente em queda acidental na 21 de Setembro
Tempo
Sexta-feira tem céu nublado e períodos chuvosos
Corumbá e Ladário têm mínima de 21°C e máxima de 33°C

Mais Lidas

Tempo
Defesa Civil alerta para tempestade entre domingo e segunda em MS
Plantão
Mulher escorrega no chão ensaboado e fratura braço e clavícula
Cultura
Repasse antecipado garante início dos trabalhos dos blocos para o carnaval 2026
Polícia
Carros roubados em São Paulo são apreendidos à caminho de Corumbá