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Detenta que causou rebelião deve permanecer em Corumbá

26 fevereiro 2016 - 13h52Gesiane Medeiros
A transferência de Conceição Vargas, tia que torturou o sobrinho adotado de quatro anos por meses, para o presidio feminino de Corumbá, na manhã desta quinta-feira (25), não foi aceita pelas detentas da instituição e causou princípio de rebelião. Para manter a integridade física da criminosa, que é de responsabilidade do Estado, ela foi relocada, ainda na tarde de ontem, para uma cela isolada na Delegacia de Polícia Civil do município. Cinco detentas foram identificadas como as líderes do movimento de revolta e já foram transferidas para outras unidades prisionais, e Conceição Vargas, deve ser novamente transferida dentro dos próximos dias, para Corumbá, ou outra instituição penal do Estado.Ailton Stropa, diretor presidente da Agepen, afirma que o caso está sendo analisado, “como ação imediata retiramos ela do presídio e a colocamos em uma cela isolada na Delegacia, sua segurança é nossa responsabilidade. Identificamos cinco mulheres como líderes da revolta e as transferimos para outras instituições a fim de mostrar para as demais, que ali existe uma autoridade a ser respeitada, assim como respeitamos o direito de revolta delas, que é comum em toda a população, elas devem entender que não adianta rebeldia, se for decidido o retorno da autora para a unidade de Corumbá, elas terão que aceitar o convívio”. Autores de crimes como este, de grande comoção popular, sempre tem dificuldade de inserção em presídios, porque mesmo entre os criminosos existe uma ética, entre as mulheres o grupo é ainda mais seleto, segundo Ailton Stropa, “85% das presas são autoras de tráfico de drogas, uma quantidade muito menor se envolvem em crimes bárbaros. Já no presídio masculino de campo grande, por exemplo, existem pelo menos 300 homens, que cometeram crimes deste nível, e mesmo com a revolta dos demais, eles são inseridos com mais facilidade, já que podem contar com a proteção de criminosos da mesma gravidade”, explica o diretor presidente. Quando perguntado se a estratégia utilizada na transferência da torturadora não foi errada, o diretor defende o posicionamento da instituição, “acreditávamos que ela daria entrada no presídio sem muita percepção por parte das demais, sendo apenas mais uma, infelizmente não foi assim, mas é compreensível”. O Capital do Pantanal entrou em contato com o advogado criminalista, Luiz Gonzaga, que faz parte da comissão de prerrogativas da OAB Corumbá, e ele esclareceu os próximos passos do julgamento da criminosa. “Ainda é prematura apontarmos os anos que serão estabelecidos como penalidade para a autora, em primeiro momento deve-se aguardar a denúncia do Ministério Público, que irá pautar todos os crimes cometidos por ela, eles podem identificar desde agressão física grave até tentativa de homicídio. Mas vale ressaltar que crimes como estes causam uma enorme revolta, entre a população e entre as próprias detentas, Conceição Vargas, quebrou o presídio de Campo Grande e também o de Corumbá. A primeira pena sofrida por ela é a moral, diante da revolta da população e detentas”.        

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