O delegado de Corumbá, Fernando Araújo da Cruz Junior, de 34 anos, vai a júri popular por matar o boliviano Alfredo Rangel Weber, de 48 anos. A sentença de pronúncia foi publicada no Diário Oficial de Justiça desta quinta-feira (16).
Fernando Araújo responde por homicídio doloso qualificado por motivo torpe e por emboscada.
Conforme a denúncia, o crime aconteceu no dia 23 de fevereiro de 2019, depois de uma briga nas eleições para presidente da associação de agropecuaristas na Bolívia. O sogro de Fernando, Asis Aguilera Petzold (o atual prefeito da cidade de El Carmen), concorria ao cargo.
Alfredo, que apesar do envolvimento com o narcotráfico, era conhecido como pecuarista na região, foi até o local de votação e lá encontrou Sílvia Aguilera, que foi casada com um ex-sócio dele, mas já tinha um relacionamento com Fernando há algum tempo.
Ao ver a mulher, Alfredo teria cobrando dívidas do ex-marido dela e ameaçado os filhos dela com o delegado de Corumbá. Os dois discutiram e a confusão foi separada por Asis, que ao lado de Fernando, sentou-se em uma mesa para conversar com Alfredo. Aproveitando o momento de distração, Fernando esfaqueou as costas de Alfredo. O homem foi levado para um hospital local, mas devido a gravidade, transferido para Corumbá.
Já em território sul-mato-grossense a ambulância foi fechada por uma caminhonete preta, cabine simples, mesmo veículo que Fernando dirigia na época. O motorista desceu do veículo, foi até o veículo, abriu a porta e atirou quatro vezes. Três tiros atingiram a cabeça da vítima, um deles o tórax. Sem ter o que fazer, o motorista voltou com o corpo para o país vizinho.
Para o juiz André Luiz Monteiro há provas materiais juntadas pela acusação e embora, o delegado negue ter cometido o crime, “indícios suficientes” de ter sido Fernando o autor dos disparos que mataram Alfredo.
O policial está em cela da 3ª DP (Delegacia de Polícia), em Campo Grande. Já tentou a liberdade algumas vezes, sem sucesso. Na sentença de pronúncia, o magistrado também indeferiu pedido da defesa do delegado para que ele respondesse ao processo em liberdade.
O investigador Emmanuel Nicolas Contis Leite será julgado como cúmplice do crime e por ter ajudado Fernando Araújo a atrapalhar as investigaçõe.
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