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Delcídio defende a implantação de novo modelo de desenvolvimento no Estado

30 setembro 2022 - 10h13A Crítica

Presidente estadual do PTB, o ex-senador Delcídio do Amaral, que é candidato a deputado federal pelo partido nas eleições deste ano, defendeu, durante entrevista concedida nesta quinta-feira (29/09) ao Programa Giro Estadual de Notícias, do Grupo Feitosa de Comunicação, a implantação de um novo modelo de desenvolvimento em Mato Grosso do Sul, mais focado no uso da tecnologia. Ele também informou que o seu partido projeta fazer um deputado federal e um deputado estadual, mas, não descarta que na sobra a legenda emplaque mais um federal e outro estadual.   

“Essa eleição está muito diferente, muito quieta, apesar de toda a polarização que está no ar. Eu me sinto muito bem porque eu ando no Estado inteiro e as pessoas me reconhecem, me respeitam, sabem o legado que deixei, foram mais de R$ 2,2 bilhões de recursos destinados durante o meu mandato como senador para investimentos em todos os 79 municípios de Mato Grosso do Sul, incluindo as aldeias indígenas, os quilombolas e os assentamentos rurais. Sempre fui um político muito presente e a gente andando pelo Estado vê o carinho que as pessoas têm comigo. Lógico que também tenho rejeição, mas todos me recebem bem, vem conversar e não têm receio de encostar em mim, ao contrário de alguns políticos aí que nos últimos anos só fazem caras e bocas e querem curtidas nas suas redes sociais”, declarou Delcídio do Amaral.   

O ex-senador disse que está muito feliz de participar dessa eleição e espera que no domingo (02/10) a população lhe ajude nessa caminhada rumo à Câmara dos Deputados. “Sei que posso fazer muito mais e discutir daqui para frente um novo modelo econômico com foco na agregação de valor para uma maior geração de vagas de empregos no mercado, atuando também na qualificação dos jovens nas áreas de logística, de tecnologia, de inovação e de planejamento. Para isso, quero ajudar no estabelecimento de parcerias com universidades, institutos tecnológicos e iniciativa privada. A integração que será proporcionada com a viabilização da Rota Bioceânica vai mudar muito o nosso Estado e o nosso País também”, projetou.   

Articulação política 

Na avaliação de Delcídio do Amaral, o bom relacionamento que tem e a sua história vão lhe ajudar muito na Câmara dos Deputados. “Fui diretor da Petrobras, presidente do Conselho da Vale do Rio Doce, ministro de Minas e Energia da gestão do então presidente Itamar Franco, executivo da Shell, quando morei fora do Brasil, e conheço o meu País inteiro, pois passei muitos anos puxando linha para as redes elétricas. Antes de ser político, sou engenheiro eletricista por formação e essa experiência e convivência com as pessoas e participando de grandes projetos nacionais me deram uma qualificação, não que eu seja mais inteligente ou menos inteligente que os outros, mas eu vivi muito”, assegurou.   

Por isso, conforme ele, deseja continuar trabalhando para trazer cada vez mais investimentos para Mato Grosso do Sul. “Só esses R$ 2,2 bilhões que destinei para o Estado geraram mais de 300 mil empregos. Eu tenho um compromisso, principalmente, com a geração de empregos e trazendo investimentos você gera riqueza e, gerando riqueza, se gera trabalho e trabalho é dignidade. Tenho preparo suficiente para trabalhar pela mudança para um novo modelo de desenvolvimento econômico para Mato Grosso do Sul aproveitando as nossas potencialidades a partir do agronegócio, que é extremamente importante”, analisou.   

No entanto, o candidato ressalta que também é preciso dar uma atenção especial para a questão da logística e para o gasoduto Bolívia-Brasil, que pode produzir gasolina, diesel, gás de cozinha e fertilizantes, além de possibilitar uma maior integração com a Bolívia e com o Paraguai. “Ainda é preciso olhar para a nossa ferrovia e para a nossa mineração de ferro e manganês em Corumbá, pois precisamos usar a estrada de ferro para escoar a nossa produção de minérios, evitando o uso do Rio Paraguai, pois só quem ganha com essa operação é a Argentina”, alertou.   

Segundo o ex-senador, ele também vai atuar para fortalecer o nosso turismo e estimular a implantação de mais áreas de lazer no Estado, sem esquecer de investir em educação e na saúde, principalmente na preventiva. “Quero destinar recursos para o Hospital do Amor, em Nova Andradina, que já salvou mais de três mil mulheres atuando de forma preventiva no combate ao câncer de mama, usando tecnologia de ponta e sem precisar fazer nenhum corte nas pacientes. Esse é o Estado que eu sei que terei condições de ajudar”, garantiu. 

Justiça 

Sobre os problemas que teve com a Justiça, Delcídio do Amaral garantiu que a justiça foi mais do que nunca feita na sua situação, tanto a de Deus, quanto a dos homens. “Sou um homem de bem, um cara do bem, eu estendo a mão, sou generoso, eu não ataco ninguém, não persigo, não tenho ódio no coração, sou um homem de alma leve e tudo isso que aconteceu para mim foi uma grande vitória. Eu creio em Deus, tenho religião forte, sou cristão e isso me ajudou a superar, apesar da perseguição que sofri, pois tentaram, até os 45 minutos do 2º tempo, impugnar a minha candidatura, mas a Justiça Eleitoral confirmou minha candidatura”, reforçou.   

De acordo com ele, mesmo com o tempo curto que teve para fazer campanha eleitoral, está na rua andando por todas as cidades, conversando com as pessoas. “Já passou, aprendi muitas coisas, foram experiências duras, mas acho que saí melhor do que eu entrei. Estou bem no PTB e um partido que vai voltar a ter o protagonismo que teve na história de Mato Grosso do Sul, com governadores, com senadores, com prefeitos, com deputados, a hora é agora”, afirmou, revelando que o PTB pretende eleger um deputado federal e um deputado estadual, talvez, dependendo da votação, fazer outro federal e outro estadual na sobra. “Esse é o nosso objetivo, mas estou trabalhando, pois o show só acaba quando termina. Vamos ver quando abrir as urnas o que vai acontecer”, lembrou.   

A respeito da indecisão dos eleitores sobre os nomes para deputado federal e estadual, ele disse que, de certa maneira, isso sempre acontece nas eleições, especialmente quando você tem eleições para cargos majoritários. “Como em Mato Grosso do Sul é uma disputa acirrada pelo cargo de governador e para a Presidência do Brasil também está bem disputada, as pessoas estão muito focadas nas candidaturas majoritárias, mas agora isso começa a se acelerar e os nomes para deputados estaduais e federais os eleitores decidem em cima da hora”, pontuou.   

Com relação ao preço dos combustíveis, o ex-senador revelou que partiu do PTB de Mato Grosso do Sul o projeto de redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre os combustíveis, quando ingressaram no STF (Supremo Tribunal Federal). “Esse projeto foi adotado pelo Senado Federal, pelo próprio Governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) e tivemos esse impacto forte na queda de preço dos combustíveis, que continua caindo. Há uma prática de utilizar o preço do mercado internacional para determinar o valor dos combustíveis, mas, como a guerra da Rússia contra a Ucrânia estar diminuindo seu impacto no mercado do petróleo, a tendência é que tenhamos mais redução no preço dos combustíveis e a prática de um valor de ICMS menor vai contribuir ainda mais com isso”, projetou.   

Ele explicou que, a partir do momento que a Petrobras retirar mais petróleo do pré-sal, começa a ter mais condições de autossuficiência, pois, hoje o Brasil ainda importa petróleo, pois produz só o pesado e necessita de um mais fino para misturar e fazer gasolina e diesel. “À medida que o pré-sal for avançando, não tenho dúvida nenhuma que os preços dos combustíveis aqui dentro vão cair ainda mais. 

Agregar valor 

Delcídio do Amaral voltou a reafirmar que é preciso agregar valor à nossa produção agropecuária, pois temos uma economia primária muito forte, mas que precisa ser industrializada para gerar mais postos de trabalho. “Uma unidade rural que produz soja emprega poucas pessoas devido à automatização da produção, as máquinas operam por satélite, então, precisamos repensar esse modelo e, aí sim, atrair investimentos que criem empregos. Nós, como parlamentares, teremos de articular com a iniciativa privada para que elas ajudem para que tenhamos um Estado cada vez mais forte em áreas sensíveis, como educação, saúde e segurança pública, que também precisa de tecnologia”, analisou.   

Para o candidato, hoje, a segurança pública não é porrada nos bandidos, mas sim inteligência. “É esse conjunto de ações da bancada federal e de alguns parlamentares que têm trânsito nacional e internacional que teremos condições de ajudar o futuro governador a mudar Mato Grosso do Sul. Precisamos focar em pesquisa e desenvolvimento, trazendo as inteligências do Estado e, dependendo dos setores, trazer especialistas de fora também. Desenvolver software aqui, vender serviços, abrir startups, investir mais em telecomunicações com a instalação de cabos de fibra óptica, dando mais velocidade para a Internet utilizada em Mato Grosso do Sul e assim beneficiando a economia, a saúde, a segurança e a educação”, detalhou.   

No entendimento do ex-senador, o que os gênios estão fazendo nos países desenvolvidos é uma barbaridade. “Não se tem mais computador de chip, mas quântico, que opera em alta velocidade. Estão produzindo carne a partir de célula tronco e leguminosas que já vem com a vacina para a pessoa que vai consumir. Por enquanto, a escala ainda é pequena, mas esses caras chegam lá. Por isso, temos de estar acordados para isso, pois a tecnologia é muito rápida e, quando a gente for olhar, ela já foi. Será que nós não poderemos fazer isso aqui no nosso Estado? Eu prego isso porque vim de áreas tecnológicas, fazia parte de empresas que sempre trabalharam com tecnologia de ponta, se a gente não abraçar a tecnologia, a gente vai ficar para trás”, finalizou.   

  

Texto do site A Crítica, no link https://www.acritica.net/editorias/politica/em-entrevista-delcidio-defende-a-implantacao-de-novo-modelo-de/623872/  

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