Um dia depois de ser absolvido pela Justiça Federal da acusação por crime de obstrução de Justiça, o ex-senador Delcídio do Amaral (PTC) está em Brasília para discutir os caminhos jurídicos que irá tomar na tentativa de reverter a inelegibilidade. Ao Jornal Midiamax, o político disse que “sendo político ou não, vou para os palanques, vou botar pra quebrar”.
A decisão do juiz federal Ricardo Leite, que inocentou Delcídio, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e mais cinco pessoas foi publicada nesta quinta-feira (12). O ex-senador conta ter se assustado com a decisão.
“Eu sabia que a decisão iria sair agora em julho, mas não tinha noção do dia. Levei um susto porque o texto [decisão do juiz] é muito robusto, muito bem feito”, conta.
Nesta sexta-feira Delcídio já embarcou para o Distrito Federal para estudar qual melhor estratégia jurídica na tentativa de conseguir voltar a ser ficha limpa e, posteriormente, concorrer às eleições de outubro. “Tenho que fazer algo bem racional, e fazer direito. Tenho que tomar todos os cuidados para chutar pra gol”, disse.
A decisão com relação ao cargo que disputará nas próximas eleições só deve ser tomada depois de decisão judicial favorável que o possibilite a se candidatar novamente. Atualmente, o ex-senador está inelegível pelo período de 8 anos porque teve mandato cassado pelo Senado da República em maio de 2016.
“Tenho que resgatar o que me tiraram na mão grande, em um processo que não para em pé do ponto de vista jurídico. É ilegal uma gravação de terceiros. Agora mostro que fui uma vítima desse processo todo. Eu sei o que sofri, minha família sofreu muito”, completa.
O ex-senador deve voltar para Campo Grande na segunda-feira (16) e provavelmente voltará a se reunir com lideranças do PTC e aliados políticos.
Sentença
Na sentença desta quinta, o juiz Ricardo Leite afirmou que áudios de conversas captadas entre Delcídio e os outros envolvidos não são provas válidas “para ensejar qualquer decreto condenatório”. A gravação de conversas foi o principal elemento que embasou a denúncia do MPF.
O magistrado afirmou, ainda, que o processo de investigação não foi suficiente para reconstruir “a realidade fática”. Para Ricardo Leite, várias situações podem ter ocorrido que ocasionaram a conversa entre Delcídio e os outros denunciados e “a prova fornecida (a gravação obtida) foi deficiente”.
Em relação aos pedidos dos réus para liberação de bens bloqueados no decorrer do processo, o juiz pediu para que o MPF se manifeste sobre o assunto em razão de haver outros processos da Lava Jato que envolvem os réus.
Deixe seu Comentário
Leia Também

Mudanças nas bandeiras do Prosseguir podem alterar atividades nos municípios de MS

Câmara aprova inclusão de medidas protetivas de mulheres em banco de dados policial

Vereador solicita que trabalhadores de limpeza pública também sejam imunizados contra a Covid

Na Câmara, vereador pede informações sobre restauração de prédios históricos

Detran lança e-book e hotsite com todas mudanças do Código de Trânsito Brasileiro

PF prende três pessoas por tráfico de drogas e apreende 245kg de maconha em MS

Jibóia é encontrada dentro da sala de residência em Corumbá

Terminam hoje inscrições para o Sisu do primeiro semestre

Colisão de carro e moto deixa jovem ferido no Dom Bosco
