Os membros do Comitê Estadual da Reserva da Biosfera do Pantanal, em reunião ordinária realizada nessa segunda-feira (26.2), no auditório Shirley Palmeira do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), decidiram ampliar o debate sobre a importância do título e quais os mecanismos de gestão apropriados para a realidade local, antes de quaisquer outros passos.
Nessa segunda-feira aconteceu também o seminário Conhecendo a Reserva da Biosfera, promovido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro) em parceria com a organização WWF Brasil, que trouxe a Campo Grande o fiscal de Meio Ambiente da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Massimiliano Lombardo; o coordenador geral de Áreas Protegidas do Ministério do Meio Ambiente, André Luís Lima; e o presidente do Conselho Gestor da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, Clayton Lino.
O debate foi mediado por Ricardo Senna e da mesa de abertura dos trabalhos participaram também o representante da WWF Brasil, Júlio Cesar Sampaio; do Comitê Deliberativo Federal da Reserva da Biosfera do Pantanal, Laércio Machado da Souza; o gerente de Recursos Florestais do Imasul, Osvaldo dos Santos; e o representante do Comitê Estadual de Mato Grosso, Marcos Ferreira.
Massimiliano Lombardo, da Unesco, explicou detalhadamente como funciona uma Reserva da Biosfera. Segundo ele, a iniciativa de se declarar determinado território como Reserva da Biosfera cabe aos governos locais. A Unesco apenas acata a indicação, após analisar a documentação encaminhada comprovando que se trata de um espaço de interesse ambiental e, sobretudo, onde as comunidades e a atividade econômica estejam perfeitamente integradas com a natureza. É o que acontece no Pantanal, ressaltou Lombardo, onde o homem pantaneiro tem se encarregado da conservação do meio ambiente há séculos.
O título de Reserva da Biosfera do Pantanal não impõe nenhuma restrição de ocupação do espaço que já não exista na legislação atual, continuou o representante da Unesco. Na mesma linha argumentou o representante do Ministério do Meio Ambiente, André Luís Lima. Sua explanação mostrou como é constituída a Reserva, desde seu núcleo, formado por unidades de conservação; a zona de amortecimento e a zona de transição, que são os espaços no entorno. No entanto, o assunto levantou muitos questionamentos e, por isso, o Comitê decidiu aprofundar o debate.
Clayton Lino citou exemplos de exploração econômica da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, a primeira do Brasil fundada em 1991, e a maior do mundo atualmente, espalhada por 17 estados da Federação. As comunidades que vivem nessa área desenvolveram uma produção sustentável de recursos naturais da floresta, como erva-mate, palmito, pinhão, frutas, mel, que exibem o selo Mercado Mata Atlântica. A Reserva ainda criou o Selo Empresa Amiga da Mata Atlântica para premiar parcerias que ajudem na conservação da floresta, e o Prêmio Muriqui em reconhecimento ao trabalho de pessoas físicas ou entidades privadas em prol da Mata Atlântica. Muriqui é uma espécie de macaco que vive na região.
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