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Com direito a bateria coreografada, Mocidade da Nova Corumbá busca tricampeonato

11 fevereiro 2024 - 22h58Gesiane Sousa

A bicampeã do Carnaval de Corumbá, Mocidade Independente da Nova Corumbá, entrou na avenida por volta das 22h horas com aproximadamente 750 componentes, divididos em quatro setores, distribuídos em 20 alas. A escola trás quatro carros alegóricos e um tripé.

Com a tradição de utilizar a mão de obra locaL, apesar de autorizado pelo regulamento da LIESCO (Liga Independente das Escolas de Samba de Corumbá) a utilização de 30% de fantasias (prontas) usadas de outras cidades, a diretoria artística da agremiação confecciona em Corumbá todas as fantasias e alegorias. A escola acredita que desta forma pode incentivar e valorizar a criação artística dos artesões da região Corumbá.

Neste carnaval de 2024, a Mocidade faz homenagem a um dos filhos mais famosos de Mato Grosso do Sul, Almir Sater, homem pantaneiro, produtor rural, defensor da natureza, músico, ator e internacionalmente premiado.

O enredo “A Mocidade apresenta Almir Sater, o Pantaneiro cantador de Esperança.”, apesar da epectativa, foi desfialdo sem a presença do homenageado, que disse ter compromissos inadiáveis, mas que estaria na torcida para que sua história trouxesse sorte para a conquista do tricampeonato da Mocidade.

Na comissão de frente, a porteira se abre para o show começar, numa referência a ousada ideia de Sater de formar grupo com produtor, câmera, pegar a viola e seguir caminhada, por mil quilometros, para ver in loco e conhecer a vivência de um povo.  Na coreografia, uma porteira típica das estradas boiadeiras ou
entradas de propriedades, com o nome da fazenda de Almir Sater: “Campo Novo”.

O primeiro casal de mestre-sala e porta bandeira, Robson e Lorrainny Moura, representam os índios Guaranis originários das cercanias da Serra de Maracajú tão bem retratado em músicas interpretadas por Almir Sater.
No primeiro setor, o carro abre-alas traz o trem do Pantanal, eternizado na música de mesmo título. Na sequência: a ala Libaneses, em referência a origem paterna; Minha origem materna, com descendência Paraguaia; Violas de 10 cordas, instrumento preferido de Almir; Beatles, paixão musical do artista; e Imensidão do Verde Pantaneiro, em referência ao orgulho que Sater tem de ser filho dessa terra.

A segunda alegoria, traz a fauna e a flora do bioma além do homem pantaneiro, retratados nas composições de Almir. Alas: Sinfonia na flora pantaneira, dando destaque aos pássaros da região; Rios de Sentimentos, em referência ao período de cheia no Pantanal; e Versos e Canções, em homenagem aos parceiros musicais de Sater, como Paulo Simões e Renato Teixeira.

Os 100 ritmistas da agremiação vieram representando os guardiões da natureza, hoje caracterizadas por Ong’s e entidades da sociedade civil, que protegem o bioma pantaneiro. Comandada pelo mestre Marcigley, ao retomar o percurso da avenida, a bateria realiza coreografia e toma a forma de uma viola. 

A rainha venerada, Carol Castelo, dá vida a Arara Azul, uma das aves pantaneiras que esteve na lista de extinção, e que foi salva por projetos apoiados pelo homenageado.  

Mocidadetrouxe bateria coreografada. Foto: Capital do Pantanal

O ritmo sertanejo das canções de Sater são novamente relembradas na ala 11 de nome  “Moda Sertaneja”. Na sequência: Jeito de ser do Pantaneiro; Respeitando a vida, em referência ao trabalho ambiental do artista; novelas e canções, sobre as participações em rtrabalhos televisivos a partir dos anos 90, sucessos relembrados pelo público até os dias de hoje; levando o meu amor, fala da canção ‘Chalana’ composta em 1943, durante estadia do cantor em Corumbá; Projeto comitiva Esperança, retrata a música composta com Paulo Simões inspirada no projeto que o possui mesmo nome, realizado na década de 80.

Na ala 16, ‘Jeito de Mato’, a escola usa da canção para fazer referência as participações que Almir fez e faz com músicos renomados do Brasil; Peão de rodeio trás a fantasia de Zé Trovão, personagem protagonizado por Almir Sater na novela da extinta Rede Manchete, muito citado até os dias atuais; Tocando em frente, ala 18, retrata a música de sucesso, com elevado teor conotativo, composta por Almir Sater e Renato Teixeira e interpretada pelos mesmos e por vários outros cantores brasileiros.

No último setor, a escola apresenta suas baianas como o pôr do sol pantaneiro, que sempre foi fonte de inspiração para o cantor. Na Ala 20, as Araras Vermelhas, símbolo da Mocidade, colorem a avenida. Seguida do quarto carro alegórico, ‘Meu recanto. Minha vida’, a agremiação dá ênfase a fazenda de Sater, local escolhido pelo homenageado para morar e criar os filhos.

A escola encerra seu desfile com um tripé, que faz referência ao 17º e 19º  Grammy Latino de melhor álbum de música regional  ou de raízes brasileiras.

Ficha Técnica

Grêmio Recreativo Escola De Samba Mocidade Independente da Nova Corumbá
Presidente: Bosco
Vice-Presidente: Jobson
Tesoureira: Morocha
2º Tesoureiro: Márcio Cavasana
Fundação: 22 de Junho de 1999
Cores: Vermelho, Verde e Branco
Simbolo: Arara vermelha
Quadra De Ensaios: Rua Marechal Floriano, 20 – Nova Corumbá
Enredo: “A Mocidade apresenta, Almir Sater, o Pantaneiro cantador de esperança”
Pesquisa e texto: Ninho, Elvis, Celenir Magalhães, Edilson de Oliveira, José Maria e Jô Diuary
Autores do Samba Enredo: Leandro Bessa, Dudu Botelho e Franco Cava
Total de Alas: 20 (Incluindo Passistas, Bateria E Baianas)
Número de alegorias: 04
Número de tripé: 01
Total de componentes: 750
Carnavalesco: Edilson de Oliveira
Diretora Geral: Maria Lucia Calabria (Dona Morocha)
Diretor de Carnaval: Reinaldo Bah
Diretor de Harmonia: Rogério César Dos Santos
Diretor de Alegorias: Luíz Mário Anache
Diretor de Bateria: Elvis E Ninho
Coreógrafo Comissão de Frente: Leandro Lincoln
Coreógrafo ala Ddas Baianas: Jô Diuary Rondon. Assistente: Sara Carolina
Intérprete Oficial: Braguinha
Intérpretes Auxiliares: Helder da Silva, Ivanete Malheiros, Karen Mendes e Breno Adrison
Músicos Cavaco: Vinicius e Dudu Souza
Violão: Sabará
Sanfona: Wendel Simões
Mestre de Bateria: Marcigley Santana
Total de Ritmistas: 100
Rainha de Bateria: Carol Castelo
1º Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira: Robson e Lorraynny
Costureiros: Luis e Jucélia
Fantasias: Ateliê Orun Aiyê by Edilson de Oliveira
Equipe de Barracão: Bobi, Cida, Carolina, Joseney, Joelton, Nathan, Felipe, Luana, Jeferson e Levinho

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