Menu
sexta, 26 de julho de 2024
Cassems - Assembleia Regional Segundo Semestre
Andorinha - 76 anos - Junho 2024
Geral

Com crise econômica, reduz interesse de micro e pequeno empresário por crédito

21 dezembro 2015 - 08h40Assessoria
A baixa disposição dos micro e pequenos empresários (MPEs) em contratar crédito para seus empreendimentos segue refletindo as incertezas com a recuperação econômica do Brasil no próximo ano e a forte deterioração do ambiente de negócios. Dados do indicador mensal calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostram que a intenção desses empresários de procurar crédito pelos próximos três meses registrou apenas 13,47 pontos no mês de novembro. Embora o índice seja levemente superior ao observado em outubro (13,15 pontos), o resultado é considerado baixo, visto que a escala do indicador varia de zero a 100. Quanto mais próximo de 100, maior é a probabilidade de os empresários procurarem crédito e, quanto mais próximo de zero, menos propensos eles estão para tomar recursos emprestados para os seus negócios. Em termos percentuais, apenas 8,4% dos micro e pequenos empresários consultados pretendem tomar crédito nos próximos 90 dias. Considerando um intervalo de 30 dias, a proporção é ainda menor e chega a 6,5% dos MPEs ouvidos no levantamento. Na avaliação do presidente da CNDL, Honório Pinheiro, o cenário não inspira a confiança necessária para que os empresários assumam compromissos de longo prazo, principalmente em um momento em que os brasileiros estão diminuindo o consumo de bens e serviços. "O quadro de crise econômica contribui para o baixo apetite pelo crédito, ao aumentar as incertezas em relação ao futuro da economia e dos negócios e elevar o custo do capital medido pelas taxas de juros", diz Honório. Para MPEs, tomar crédito está difícil Dentre os empresários que não têm a intenção de contratar crédito nos próximos três meses (84,7%), conseguir manter o negócio com recursos próprios (43,6%) e a insegurança em se endividar devido as condições econômicas do país (32,1%) são os motivos mais mencionados. Há também os que apontam indisposição para pagar as altas taxas de juros praticadas pelo mercado (17,8%). Segundo a pesquisa, 35,5% dos empresários consultados consideram que nos dias de hoje está "difícil" ou "muito difícil" conseguir crédito no Brasil. Dentre o universo de empresários que enxergam um horizonte com dificuldades, 43,7% reclamam da burocracia como a razão principal do impedimento e outros 33,1% apontam as altas taxas de juros praticadas no mercado. As modalidades de crédito mais difíceis de serem contratadas, de acordo com o levantamento, são os empréstimos em instituições financeiras (29,9%) e os financiamentos (21,9%). Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o cenário de desconfiança com os rumos da economia, que torna os as instituições bancárias mais cautelosas na hora da concessão de crédito, bem como o ciclo recente de alta de juros, devem aumentar essa percepção de dificuldade. As modalidades de crédito mais conhecidas por esses empresários são justamente as mais caras do mercado, cujas taxas de juros anuais podem chegar a quase 290%: o Cartão de Crédito Empresarial (70,8%) e o Cheque Especial Empresarial (70,3%). Só em seguida aparece o microcrédito, citado por 66,3% dos entrevistados. Cai a intenção de investimentos nos próximos três meses O indicador de investimentos calculado pelo SPC Brasil e pela CNDL também registrou um baixo patamar, o que demonstra que o cenário econômico adverso está afetando os planos de expansão dos micro e pequenos empresários e também dos prestadores de serviços. Na comparação entre outubro e novembro, houve uma piora de 29,89 pontos para 27,18 pontos, sendo que quanto mais próximo de 100, maior é a propensão ao investimento. Ao todo, apenas 23,25% dos micro e pequenos empresários consultados pretendem realizar algum tipo de investimento nos próximos três meses. De acordo com o indicador, os investimentos mais citados por esses empresários são a ampliação do estoque (34,9%), reforma da empresa (33,3%), compra de equipamentos (24,7%) e investimento em propaganda e comunicação (24,2%). A grande maioria desses empresários (68,8%) irá usar capital próprio para realizar os investimentos e 25,3% irão recorrer a empréstimos em bancos ou financeiras. Metodologia Os Indicadores de Demanda por Crédito e de Propensão para investimentos do Micro e Pequeno Empresário (IDCI-MPE) calculados pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) levam em consideração 800 empreendimentos com até 49 funcionários, nas 27 unidades da federação, incluindo capitais e interior. As micro e pequenas empresas representam 39% e 35% do universo de empresas brasileiras nos segmentos de comércio e serviços, respectivamente.

Deixe seu Comentário

Leia Também

Eleições 2024
Convenção Federação PSDB cidadania confirmada para o dia 31 de julho, na Câmara
Em Assentamento
Polícia Civil Cumpre Mandado de Prisão por estupro de vulnerável
Destaque
Mato Grosso do Sul marca presença nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris
Superação
Região da Serra do Amolar volta a produzir mel após incêndios de 2020
Oportunidade
Instituto Homem Pantaneiro abre vaga para profissional da área de gestão
Futebol no MS
Fim de semana define semifinalistas do Estadual Sub-20
Operação Pantanal 2024
Bombeiros mantém combate na Nhecolândia e monitoram incêndio na Bolívia
Ciência do Afeto
Relação entre avós e netos pode promover longevidade, diz psicóloga
Assistência
Caixa paga Bolsa Família a beneficiários com NIS de final 7
Em Campo Grande
Hospital do Pênfigo realiza primeiro transplante de fígado em MS

Mais Lidas

Boliviano
Suspeito de tentar estuprar menino de nove anos é linchado no Cravo Vermelho
A PM precisou usar spray de pimenta para dispersar as pessoas revoltadas e em seguida levou o acusado para delegacia
Difícil acesso
Incêndio na Nhecolândia teve inicio em caminhão atolado
Operação "Cifra Oculta"
Dois homens são presos acusados de envolvimento com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro
Expectativa
Com obra em fase de acabamento, Centro de Saúde da Mulher deve ser entregue em setembro