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Da sua criação ao número de lutadores na competição, o país é referência no MMA

13 outubro 2016 - 11h03Redação

A história do Brasil no UFC – o mais conhecido evento de MMA do mundo – data desde a sua criação em 1993, que teve como um dos fundadores um membro da família Gracie, uma das principais “entidades” do jiu-jitsu no Brasil.

Rorion Grace. Foto: Human Touch/Flickr

Uma história de paixão pelo esporte

O UFC surgiu a partir de uma ideia de Rorion Gracie, especialista do jiu-jitsu brasileiro que queria promover a escola de artes marciais de sua família, e do publicitário Arthur Davie. Os dois tiveram a ideia de criar um campeonato e convidar academias de todo o mundo de diferentes modalidades – do judô à luta livre – para descobrir qual era a melhor. O evento, apelidado de “O Desafio de Gracie”, também recebeu o nome de vale-tudo – em inglês, foi chamado de Ultimate Fighting Championship.

No início, a competição era bem diferente da atualidade, não havia como há hoje uma distinção por peso,  e qualquer lutador podia se enfrentar; além disso, eles se vestiam de acordo com o tipo de luta que praticavam. Os competidores se enfrentavam em várias lutas, como num torneio, até à final. Foi só a partir do vigésimo terceiro UFC  que as lutas começaram a ocorrer de forma isolada tal como acontecem hoje e tal como acontece no boxe.

O vale-tudo enfrentou problemas em tribunais, por considerarem o campeonato muito violento e desregulamentado. Algumas lutas chegaram até a ser proibidas pelo senador dos Estados Unidos, John McCain; e algumas emissoras de TV a cabo se recusaram a transmitir o esporte no pay per view.

Da falência ao sucesso de audiência

No ano 2000 a companhia estava à beira da falência e parecia que tudo estava perdido, no entanto de lá para cá, o esporte conseguiu se reinventar e hoje os lutadores competem em categorias que variam de acordo com seu peso corporal, em lutas isoladas, e as regras da competição também estão mais definidas. 

 Foto: Jetyuan/Flickr

Devido à má situação financeira dos criadores do UFC, os irmãos italianos Frank Fertitta III e Lorenzo Fertitta compraram a empresa, que passou a ser presidida pelo ex-lutador de boxe amador e promotor de lutas, Dana White, por valores irrisórios. Em 2007, o UFC comprou o campeonato de lutas Pride, aumentando ainda mais a visibilidade da competição.

Hoje, as lutas podem ser vistas no pay per view e, algumas vezes, também na TV aberta, e o torneio virou referência para os amantes da luta. No Brasil, a disputa ganhou muitos fãs e chegou até a ultrapassar o Campeonato Brasileiro no número de telespectadores este ano. 

No ringue, sou mais Brasil!

Foto: Carlos Rosa/Flickr

Em todo o Brasil, torcedores se reúnem em frente à telinha para ver estrelas das artes marciais mistas (MMA), como os brasileiros como Iuri Alcântara, Leandro Martins, Luan Chagas, e Vitor Belfort, que vêm se destacando na competição.

Mas quem pensa que os melhores lutadores brasileiros estão nas grandes cidades se engana. Iuri Alcântara, natural da Ilha de Marajó no Pará, é um dos outros nomes que promete incendiar os ringues. No último sábado, dia 8 de outubro, o lutador derrotou o britânico Brad Pickett com um triângulo, deixando a torcida da Manchester Arena, na Inglaterra, enlouquecida. Segundo o site de apostas Betsson, ele tinha 61,3% de chances de vitória, já Brad tinha 43,9% de chances de vitória. Fato que se confirmou com uma luta incrível.

Natural do Rio de Janeiro, Leandro Martins adotou Corumbá, também no Pantanal, como cidade para viver. De lá para cá, o lutador vem se destacando em eventos de MMA, tais como o Desafio do Guerreiro. O lutador de jiu-jitsu ganhou todas as cinco lutas que participou até agora.

Vindo do centro-oeste do Brasil, mais especificamente de Navaraí, na região do Pantanal, o especialista em jiu-jitsu e caratê Luan fez sua estreia no UFC em 14 de maio de 2016, numa luta com o também brasileiro Serginho Moraes, que acabou num empate dividido. De lá para cá, nosso Tarzan – apelido recebido pelo lutador devido à sua cidade natal – também enfrentou Erick Silva, mas acabou perdendo a competição para o já veterano, que finalizou o embate com um mata leão.

O carioca e especialista em boxe, Vitor Belfort, figurinha carimbada das competições MMA voltou à competição recentemente pela segunda vez. Apesar de não ter mais seus 19 anos - idade com que ganhou a primeira competição UFC de que participou - , o brasileiro ainda dá trabalho para seus adversários, mostrando que idade não é tudo! 

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