O bloqueio da fronteira do Brasil com a Bolívia, entre os municípios de Corumbá e Arroyo Concepción, chega ao 6º dia, nesta segunda-feira (13). Fila quilométrica de caminhoneiros na estrada Bioceânica mostra o tamanho do prejuízo dos profissionais, que passam por dificuldades como comida e banheiro a ainda ficam expostos a contaminação facilitada do vírus Covid-19.
O protesto feito por bolivianos começou na última quarta-feira (8) para pressionar o Governo Federal a liberar mais recursos para a saúde enfrentar a pandemia do Coronavírus. Em imagens enviadas por motoristas, parados na estrada Bioceânica na cidade boliviana de Puerto Suárez, é possível ver uma fila gigante de caminhões. Relato confirma que são aproximadamente 300 caminhoneiros, que ontem, conseguiram andar poucos metros, após manifestantes liberarem a passagem por duas horas.
Segundo informações divulgadas pelo Campo Grande News, presidente do Comitê Cívico de Puerto Suárez, Humberto Miglino Rau explicou que o protesto não tem cunho político a enfatizou que faltam equipamentos e itens médicos para os profissionais que atuam no país. Segundo o líder, o grupo já tentou contato com a presidência do país através de documentos, mas não foram atendidos e o movimento é para chamar a atenção das autoridades.
A SetLog Pantanal (Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas e Logística de Corumbá e Ladário), estima prejuízos diários de R$ 1 milhão com os caminhões parados. Já são mais 450 cargas paradas na cidade por conta do bloqueio.
A movimentação de caminhões na fronteira é de 300 por dia, sendo 150 passando de Corumbá rumo ao país vizinho e outra metade retornando.