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Saúde

SES apresenta estratégias para saúde nas regiões vulneráveis do estado

10 setembro 2025 - 09h14Gesiane Sousa

A SES (Secretaria de Estado de Saúde) participou, na última semana, da II Conferência do Comitê Regional de Hospitais, na Costa Leste do Estado, com contribuições decisivas para aprimorar o atendimento hospitalar nas regiões de interior, incluindo regiões de fronteira e áreas vulneráveis de Mato Grosso do Sul.

Representando a Secretaria, o médico João Ricardo Tognini e a superintendente de Gestão Estratégica, Maria Angélica Benetasso, apresentaram abordagens complementares sobre os desafios da saúde no interior e na fronteira, reforçando a importância da regionalização e da pactuação interfederativa.

Em sua palestra “Urgência e Emergência na Fronteira e Interior: Garantia de Acesso e Equidade”, João Ricardo reforçou que a regulação precisa estar centrada no paciente — e não apenas na vaga.

“A regulação precisa ser centrada na pessoa. É preciso contar com leitos disponíveis, mas, sobretudo, com uma avaliação clínica qualificada sobre quem realmente necessita deles. O paciente não é um número: é uma urgência concreta que exige decisão médica responsável”, afirmou.

Isso significa que a regulação deixa de priorizar apenas a vaga disponível e passa a ser guiada pela avaliação clínica, garantindo que cada paciente seja encaminhado ao serviço mais adequado, no momento certo.

A superintendente de Gestão Estratégica, Maria Angélica Benetasso, reforçou a importância da regionalização e da pactuação interfederativa. Foto: Divulgação 

Na prática

 

Além da regulação, ele apresentou projetos em andamento pela SES que buscam melhorar a resolutividade dos serviços.

“Esses protocolos são ferramentas que fortalecem a atuação dos profissionais da ponta. Quando o médico sabe o que fazer, com segurança e respaldo técnico, o paciente é atendido mais rápido e com mais qualidade”, ressaltou. Entre eles:

  • Protocolo cardiológico de fibrinólise para IAMCSST (Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnivelamento do Segmento ST), que permite iniciar o tratamento ainda na unidade de origem, reduzindo riscos e tempo de espera.
  • Fluxos clínicos padronizados para apendicite, colelitíase e pneumonia comunitária, que organizam o atendimento e evitam encaminhamentos desnecessários.
  • Redes assistenciais adaptadas à realidade dos municípios menores. “As cidades pequenas têm demandas reais e precisam de soluções próprias. A regionalização é o caminho para isso”, enfatizou.

Regionalização

Na sequência da programação, a superintendente de Gestão Estratégica da SES, Maria Angélica Benetasso, ministrou a palestra “Regionalização da Saúde e Pactuação Interfederativa: Caminhos para a Efetividade”.

Com base no PDR 2024 (Plano Diretor de Regionalização) e nas diretrizes do Programa Estadual de Incentivo Hospitalar, ela explicou como a regionalização organiza os serviços de saúde em níveis hierárquicos, respeitando a capacidade de cada hospital e garantindo o uso adequado da rede. “A pactuação entre municípios e Estado é o que torna possível um SUS que funciona. Quando todos trabalham juntos, o cuidado chega onde precisa, com dignidade e eficiência”, destacou.

Entre os pontos trazidos por Maria Angélica estiveram a classificação dos hospitais, que organiza as unidades por complexidade e perfil assistencial, direcionando cada paciente ao atendimento mais adequado; o planejamento integrado entre União, Estado e municípios, que garante a distribuição eficiente de recursos e serviços; o financiamento sustentável e a gestão participativa, que asseguram recursos e decisões alinhados às necessidades da população; e o uso de tecnologia e inovação, como telemedicina e sistemas digitais, que ampliam o acesso e tornam a rede hospitalar mais eficiente.

O evento reuniu gestores, profissionais de saúde e autoridades locais, e também contou com apresentações culturais, como a da Banda Marcial Cristo Redentor, criando um ambiente de troca, aprendizado e construção coletiva.

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