O projeto que promete remodelar a estrutura da saúde pública de Corumbá foi tema de uma reunião nesta sexta-feira (27) no gabinete do prefeito Dr. Gabriel Alves de Oliveira. Ao lado do Secretário Estadual de Saúde, Maurício Simões Corrêa, e de lideranças políticas, foi apresentado o detalhamento da construção do novo Hospital Regional, da maternidade e da policlínica que vão compor um complexo de atendimento no bairro Popular Velha.
O terreno fica na rua Pedro de Medeiros, próximo à Cassems, à Unicesumar e a um supermercado atacadista. A área total possui 33,4 mil metros quadrados e pertence ao município, com matrícula devidamente registrada no Cartório de Imóveis da 1ª Circunscrição de Corumbá. De acordo com o projeto, o espaço será destinado exclusivamente à implantação do novo hospital, conforme prevê a proposta que ainda será analisada pelos vereadores. Além disso, a proposta determina que a construção do hospital seja o único encargo da doação do terreno. Caso essa condição não seja cumprida pelo Estado, a área retornará automaticamente ao patrimônio municipal, sem necessidade de notificação judicial.
A maternidade de porte II terá cerca de 10 mil metros quadrados, 146 leitos e setores específicos para parto, emergência, terapia intensiva e diagnóstico. Já a policlínica contará com aproximadamente 3.200 metros quadrados e núcleos de cuidado em áreas como saúde da mulher, do homem, ortopedia, reabilitação e atenção a doenças crônicas.
Vereadores participam da reunião sobre a doação da área e cronograma das obras. Foto: Capital do PantanalSegundo o secretário Maurício Simões, os projetos da maternidade e da policlínica integram o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com previsão de conclusão em até dois anos. “Nossa expectativa é que essa obra esteja pronta e em funcionamento nesse prazo. Estamos correndo junto ao Ministério da Saúde porque, originalmente, ela seria executada em Dourados. Trouxemos para Corumbá e precisamos acelerar”, explicou. Sobre o Hospital Regional, Simões ressaltou que o cronograma é mais longo. “O prazo acordado com o Ministério Público vai até 2030. Queremos antecipar isso, mas ainda temos etapas pendentes em Campo Grande.”
O deputado estadual Paulo Duarte destacou que o avanço dos projetos reflete uma articulação entre governo do Estado e prefeitura. “Essa parceria começa a sair do discurso e vira ação. Ali vai se formar um polo de saúde perto da faculdade de medicina e outros serviços”, disse. Ele também confirmou que haverá um Centro de Atendimento Psicossocial para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), TDAH e outras condições.
Autoridades municipais e estaduais celebram avanços na saúde pública local. Foto: Capital do PantanalO prefeito Dr. Gabriel afirmou que, além do projeto do complexo hospitalar, outras obras já estão licitadas e devem começar nos próximos dias. “Acredito que no prazo de dez dias a empresa vencedora comece os trabalhos”, disse, referindo-se à unidade básica de saúde do bairro Aeroporto e à casa de parto, previstas no Novo PAC. Segundo ele, essas construções são importantes para melhorar a atenção primária enquanto se aguarda o início efetivo das obras maiores. “As licitações foram destravadas e os contratos assinados. Agora, as empresas precisam cumprir o que está pactuado. Enquanto essas construções acontecem, a Santa Casa precisa manter o atendimento. A população não pode ficar sem assistência”, completou.
Ele também mencionou que, futuramente, o município vai discutir o destino da Santa Casa, considerando as dificuldades estruturais e dívidas do hospital. “O importante agora é garantir que a saúde funcione e que as novas unidades saiam do papel”, reforçou.
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Obras devem transformar o atendimento em saúde; maternidade e policlínica têm previsão de entrega em até dois anos. (Foto: Capital do Pantanal)

